Programa de Residência Artística qualifica jovens artistas

O programa, que é uma nova vertente do Prêmio EDP nas Artes, é voltado a jovens artistas de 18 a 27 anos de todo País

Postado em: 13-12-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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O programa, que é uma nova vertente do Prêmio EDP nas Artes, é voltado a jovens artistas de 18 a 27 anos de todo País

GABRIELLA STARNECK*

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O concurso para o Programa de Residência Artística na Escola Entrópica do Instituto Tomie Ohtake está com as inscrições abertas, e se estendem até o dia 22 de dezembro. Os interessados em participar da seleção devem enviar os portfólios até para o site (informações em www.institutotomieohtake.org.br). O programa, que é uma nova vertente do Prêmio EDP nas Artes, é voltado a jovens artistas de 18 a 27 anos de todo País.

“O intuito do programa é oferecer uma nova oportunidade para que artistas de todo País entrem em contato com ensino de arte e com a vida cultural e artística”, afirma Paulo Miyada, curador do Instituto Tomie Ohtake.  Ao todo, serão selecionados dois concorrentes para a residência, que ocorrerá de março a julho de 2018. 

Segundo Paulo, o portfólio do candidato deve conter obras recentes dos artistas, com um breve resumo de como feito o produto, os materiais utilizados. “Algo conciso e simples, mas que seja uma produção recente”, completa o curador. Os vencedores do concurso serão contemplados com passagens aéreas ou terrestres para São Paulo – além de hospedagem e ateliê por quatro meses na cidade.

O candidato aprovado também será contemplado com uma bolsa integral para as atividades no Instituto Tomie Ohtake, que inclui a participação em um grupo de estudos coordenado por um artista e um curador, três cursos livres, ministrados por artistas e pesquisadores, e ainda o acompanhamento de um curador e visita a ateliê de artistas. 

“A gente acredita que a ideia de formação em arte depende muito da intensidade dos questionamentos feitos pelos artistas e a capacidade de enfrentar essas indagações. O prêmio permite que o artista receba novas perguntas sobre seu trabalho e faça novos questionamentos acerca dos desafios”, ressalta Paulo. O curador ainda destaca que os artistas jovens, principalmente, se inserem no mundo artístico com repertórios pré-estabelecidos, e essa experiência ofertada pela escola Entrópica leva esses profissionais a duvidar de suas próprias certezas. 

Escola

Criada pelo Instituto Tomie Ohtake, a Escola Entrópica objetiva ampliar os espaços de compartilhamento, experimentação e produção crítica, entre artistas, pesquisadores, curadores e o público, tendo como mote a entropia e suas noções de transformação. 

O diferencial da escola, segundo Paulo, é colocar a dúvida como um princípio de ensino. O curador destaca que, mais do que dar soluções prontas, o instituto objetiva criar um ambiente ‘duvidoso’ para que o artista saiba lidar com eles. “A escola propricia um espaço fortíssimo de experiência na área artística cultural”, completa. 

“Promover ações que estimulem a arte e a cultura nas pessoas é um dos pilares do Instituto EDP e do Prêmio EDP nas Artes, que valoriza essas frentes. O concurso Residência Artística na Escola Entrópica, por exemplo, reflete esse posicionamento: além de incentivar a produção artística, forma e educa”, finaliza Luis Carlos Gouveia Pereira, diretor-executivo do Instituto.   

*Integrante do programa de estágio do jornal O HOJE sob orientação 

da editora Flávia Popov

 

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