Conterrâneos de Veiga Valle, artistas goianos seguem conquistando o Brasil e o mundo

Da terra que nasceu também Siron Franco, a nova geração de artistas tem acompanhado as transformações tecnológicas para manter viva as peculiares da arte goiana | Foto: arquivo pessoal

Postado em: 28-03-2021 às 14h00
Por: Nielton Soares
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Da terra que nasceu também Siron Franco, a nova geração de artistas tem acompanhado as transformações tecnológicas para manter viva as peculiares da arte goiana | Foto: arquivo pessoal

Nielton Soares

Na terra de grandes e importantes artistas plásticos, no campo da escultura, como Veiga Valle, nascido em Pirenópolis (1806 – 18774) e do artista plástico Siron Franco, da Cidade de Goiás, surge uma nova geração que vem se projetando e deixando marcas na história da arte brasileira. Com o diferencial de se terem que encarar as novas tecnologias digitais.

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Wolney Fernandes, desde 2012, cria a partir de montagem e colagem, o que se tornou marca registrada. E com o mundo cada vez mais digital, é nas redes sociais que é ele ampliou o trabalho, que já teve sua arte estampas em obras como “O Olhar de Andorinha” (2014), de Rogério Bernardes, e Lab Girl (2017), de Hope Jahren. Além da capa da reedição do poema “Paraíso Perdido” (1667), de John Milton.

Já Sophia Pinheiro é ilustradora e tem apostado nas redes sociais para desenvolver sua paixão, que a acompanha desde criança. Ela percebeu que o livro convencional tem perdido espaço no mercado editorial e por isso é no meio digital que vem se destacando. Nesse aspecto, está também a ilustradora goiana de livros, Roxane Torres, que além das pinturas atua como cineasta. E é dela a foto que ilustra essa reportagem.

Roxane descreve a própria arte, explicando as cores fortes para provocar, como na última coleção, que ela disse ter introduzido balões de falas em branco, para criticar o momento de como as pessoas têm se comunicado, utilizando mais a internet. “O desenho deixa entender que a sociedade hoje diz muito, fala muito pelo Twitter, pela internet, pela rede de comunicação, rede de sociabilidade, mas não dizem nada. As próprias informações estão cheias de ‘fakes’, cheias de poucas verdades e pouquíssimos conteúdos”, comenta.

Acompanhando tendências, o trabalho do designer e quadrinista goiano Cláudio Aleixo, que atua também como professor e no mercado publicitário, apareceu ao lado das grandes obras de artistas brasileiros, como Maurício de Sousa, Quinho e Paulo Caruso, em uma homenagem aos 85 anos de Ziraldo.

Siron Franco

O artista goiano Siron Franco transcendeu as fronteiras da arte e geografia com sua arte e muito talento. Agora, parte da história dele pode ser vista no documentário “Siron. Tempo Sobre Tela”, de André Guerreiro Lopes e Rodrigo Campos. A produção cinematográfica já está disponível nas plataformas de streaming, Belas Artes, Now, Vivo TV, Sky Play e Looke.

O documentário é uma produção da Pandora Filmes, que investigou a arte e a vida do goiano, captando imagens ao longo de duas décadas, combinadas com filmagens caseiras do próprio artista.

Segundo os idealizadores, o documentário teve início há 20 anos, quando os diretores eram estudantes em Londres, onde o goiano produzia telas inspiradas no bairro Soho. Eles filmaram cada quadro, da primeira à última pincelada de Siron. André define o filme como “uma tapeçaria do tempo”.

Muitas imagens foram captadas no ateliê de Siron, em Aparecida de Goiânia, onde também ocorriam entrevistas com o pintor. Os documentaristas também tiveram acesso ao acervo de vídeos do artista, com cerca de 180 fitas VHS e Super-8. Gravações ao longo da vida de Siron, trabalhando nos vários ateliês, em experimentos de videoarte, viajando para a Europa e México nos anos 70.

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