O Hoje, O Melhor Conteúdo Online e Impresso, Notícias, Goiânia, Goiás Brasil e do Mundo - Skip to main content

sábado, 11 de janeiro de 2025
PublicidadePublicidade
Eleições 2024

O que os candidatos vão levar para os debates eleitorais

Maior parte dos temas foram explorados na pré-campanha e agora devem chegar aos debates, o próximo passo importante para toda e qualquer candidatura na busca por Goiânia 

Postado em 8 de agosto de 2024 por Felipe Cardoso
Candidatos a prefeitos. Foto: Divulgação

Felipe Cardoso

Passadas as convenções partidárias, momento em que as siglas consagram seus nomes na disputa eleitoral, os candidatos ao cargo de prefeito de Goiânia já ensaiam os próximos passos. Desde a última segunda-feira, 5, estão autorizados os debates eleitorais. O entendimento comum é que esse é um dos momentos cruciais para toda e qualquer campanha. Trata-se da oportunidade para os nomes se apresentarem à população, e mais: propagarem suas ideias de maneira ampla a diferentes setores e camadas da sociedade.

Logo mais os candidatos a prefeito de Goiânia ficarão frente a frente para os primeiros embates. A leitura é que o atual prefeito, Rogério Cruz (Solidariedade), é quem tende a ser mais indagado — haja vista que todos brigam para alcançar sua cadeira. O gestor, por outro lado, deve responder aos questionamentos embasado, sempre, pelos números. 

Conforme apurado pela reportagem do jornal O HOJE, diversos assuntos deverão ser colocados na mesa. Um dos principais passa, claro, pela questão do lixo. Ainda que a atual gestão tenha enfrentado uma dificuldade significativa para contornar o problema ao longo dos últimos quatro anos, é inegável que a situação está, agora, mais próxima do ideal. No entanto, por ter sido um grande desafio para a administração de Rogério, seus adversários irão explorá-lo com afinco, como fizeram durante a pré-campanha. 

Declarações nesse sentido já podem ser percebidas de todos os lados. Recentemente, a candidata do PT, Adriana Accorsi, disse que um dos pontos-chave de seu plano de governo é a reestruturação da Comurg. Para além dos serviços de coleta de lixo, a Comurg é responsável pela manutenção das praças e demais serviços de zeladoria, essenciais para uma cidade bonita e limpa. “Não é só beleza, não é só estética. É saúde, é higiene. Cuidar dos parques, das praças, das avenidas, dos prédios públicos, da sinalização, da iluminação, que também proporciona prevenção na segurança pública”, disse a petista em entrevista recente. 

A educação também não ficará de fora. A temática tende a ser abordada de maneira ampla, porém, o maior gargalo a ser explorado passará pela construção e vagas de CMEIs. Há uma semana, o senador e Vanderlan Cardoso, que vai mergulhar na disputa pelo PSD, disse que Goiânia está deixando a desejar nesse ponto. Seu discurso é embasado, principalmente, em cortes no orçamento, falta de manutenção e, principalmente, pouca valorização dos nossos professores”. 

Nos bastidores, a avaliação é que o tema trânsito também deve ser explorado pelos concorrentes ao Paço Municipal. O candidato da base governista, Sandro Mabel (UB), tem pregado aos quatro cantos da cidade, por exemplo, que seu projeto vai “revolucionar” o fluxo de veículos na cidade. Segundo ele, esse fluxo vai aumentar ao menos 30% nos 100 primeiros dias. 

Entre as medidas, Mabel cita a liberação da conversão à direita mesmo com sinal fechado. O Código de Trânsito libera a manobra desde 2020, desde que haja sinalização adequada. Além disso, o pré-candidato da base caiadista afirmou que a liberação de motociclistas a trafegarem no corredor de ônibus é outra medida estudada. “São pequenas ações que, somadas, vão melhorar o fluxo e aumentar a velocidade dos veículos em 30%, pelo menos”, diz.

Um outro nome que recentemente falou sobre o  assunto foi o ex-deputado estadual Fred Rodrigues (PL). Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o político disse que “em cidades desenvolvidas há um conceito de onda verde (em alusão aos semáforos), mas aqui em Goiânia o que vemos é um conceito de onda vermelha”., disse no vídeo. Na legenda sobre o assunto, escreveu: “Parece que o Prefeito não quer que você chegue em casa e fique mais tempo na cidade observando os resultados do trabalho dele (na cidade)”. 

Outro discurso que será levado aos debates passa pela necessidade de rompimento com a velha política. O candidato do PSDB, Matheus Ribeiro, é quem deve se apropriar de maneira mais incisiva em relação ao tema. Recentemente, o jornalista chamou atenção para tal necessidade: “A nossa cidade parou no tempo por conta de uma política ultrapassada, que nos últimos 20 anos vem se alternando nas mesmas mãos”, defendeu. E continuou: “Quero usar o fato de ser jovem e não ser da política tradicional para implementar uma nova forma de governar, abrindo a prefeitura para a cidade, formando um governo centrado em goiania e não em um extremo ideológico”. 

Se engana, porém, quem pensa que o atual prefeito estará em desvantagem. Rogério levará ao conhecimento público as obras que conseguiu viabilizar ao longo dos últimos anos. Seu grande trunfo passará pelos feitos na questão da infraestrutura. Nos bastidores da política goianiense, há um consenso: Cruz foi quem encarou de frente o problema da drenagem urbana. Tido como um leque de ‘obras invisíveis’, as intervenções foram cruciais para evitar alagamentos em pontos específicos que sofriam há anos no período de chuva intensa. 

A expectativa é que ele silencie alguns dos críticos da saúde pública com dados que comprovem melhorias significativas nas filas. O ‘Corujão de Ultrassonografia’, segundo ele, zerou a fila de 90 mil exames acumulados devido à pandemia, incluindo tomografias, ressonâncias magnéticas e ultrassonografias. Outro ponto a ser explorado passa pela ampliação da oferta e agendamento de exames laboratoriais e de imagem.

Você tem WhatsApp ou Telegram? É só entrar em um dos canais de comunicação do O Hoje para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens. Basta clicar aqui e escolher.
Veja também