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quarta-feira, 9 de outubro de 2024
Destaque Nacional

Economia goiana é a terceira que mais cresce no Brasil em 12 meses

Dado foi divulgado pelo Banco Central. No período, empresas dos ramos agrícola, de cimento e saúde anunciaram investimentos no Estado

Postado em 20 de setembro de 2024 por Alexandre Paes
Goiás
Setores da agropecuária e indústria são avaliados pelo Banco Central | Foto: André Saddi

A atividade econômica goiana foi a terceira que mais cresceu no País, na variação acumulada em 12 meses, até julho de 2024, com aumento de 4,4%, atrás apenas de Espírito Santo e Pará. Goiás também superou a média brasileira (2%) para o período em mais que o dobro, conforme apurado pelo Instituto Mauro Borges (IMB), com dados do Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR), divulgado pelo Banco Central.

A economia no estado também apresentou crescimento de 2,1% na variação acumulada no ano. “Os bons resultados se refletem em aumento de emprego e renda para os cidadãos goianos. A economia em Goiás permanece aquecida”, destaca o secretário-Geral de Governo, Adriano da Rocha Lima. 

Conforme a pasta, o cenário positivo é confirmado pelo anúncio de novos investimentos de Goiás no período pesquisado. Entre eles, destaca-se o aporte de R$ 100 milhões, assegurado pela multinacional Weichai para a implantação de uma fábrica de motores e máquinas agrícolas em Itumbiara. 

A Votorantim Cimentos informou o investimento de R$ 200 milhões na ampliação da fábrica no município de Edealina. Uma das maiores redes privadas de saúde em Goiás, o Hospital Jacob Facuri investiu R$ 20 milhões para ampliar sua unidade em Goiânia. Já em Jataí, foi inaugurada a nova revenda Azul Agro em Jataí, com investimento de R$ 100 milhões.

Boletim econômico 

A Secretaria da Economia de Goiás lançou, nesta semana, a segunda edição do Boletim Econômico, publicação que agora é mensal e oferece uma análise das principais receitas e da execução orçamentária do Estado. A iniciativa reforça o compromisso do Governo de Goiás com a transparência e a responsabilidade na gestão dos recursos públicos, proporcionando uma visão detalhada do desempenho financeiro ao longo de 2024.

Nesta edição, referente a agosto de 2024, a Receita Corrente Líquida (RCL) acumulada dos últimos 12 meses atingiu R$ 40,93 bilhões, um crescimento de 11,76% em relação ao mesmo período do ano anterior. A Receita Total também registrou alta, acumulando R$ 28,3 bilhões até agosto, representando um aumento de 11,04% sobre 2023.

Além da arrecadação, o boletim destaca a execução orçamentária, a partir das previsões de despesas ao longo do ano. Até julho de 2024, o valor empenhado pelo Estado alcançou R$ 34,05 bilhões, dos quais R$ 26,97 bilhões foram liquidados e R$ 26,46 bilhões efetivamente pagos.

ICMS e IPVA

A arrecadação do ICMS, principal fonte de receita do estado, apresentou um incremento significativo de 21,96% no período de janeiro a agosto, totalizando R$ 19,08 bilhões. Os setores de combustíveis e energia elétrica foram os grandes destaques nesse crescimento, impulsionado também pela implementação do programa de renegociação de débitos Negocie Já.

De acordo com o economista Carlos Silva, esse aumento é particularmente significativo em um cenário econômico desafiador. “Os setores de combustíveis e energia elétrica foram fundamentais para esse desempenho, refletindo não apenas a recuperação econômica, mas também o impacto positivo do programa de renegociação de débitos ‘Negocie Já’, que incentivou a regularização de tributos”, analisa. 

Entre janeiro e agosto de 2024, a arrecadação do IPVA alcançou R$ 1,65 bilhão, registrando um aumento de 8,18% em comparação ao mesmo período de 2023. Em agosto, foram arrecadados R$ 210 milhões, sendo que a maior parte desse montante, 87,37%, foi obtida por meio de pagamentos espontâneos diretamente no Detran e 12,63% resultado da cobrança da inadimplência e auditorias (ação fiscal e dívida ativa). 

“A maior parte dessa receita foi obtida por meio de pagamentos espontâneos, o que indica um aumento na conscientização dos contribuintes sobre a importância da regularização fiscal”, comenta Silva. Ele observa que a combinação de ações de fiscalização e auditoria também contribuiu para a recuperação de dívidas, sendo um sinal de que os cidadãos estão cada vez mais dispostos a cumprir com suas obrigações tributárias.

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