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domingo, 19 de janeiro de 2025
Golpe em 2022

PF ouve Valdemar Costa, ex-assessor de Bolsonaro e juiz em investigações de golpe

Valdemar prestou depoimento para Polícia Federal

Postado em 12 de dezembro de 2024 por Otavio Augusto
Valdemar Costa em depoimento. Foto: KEBEC NOGUEIRA

A Polícia Federal ouviu nesta quinta-feira (12) o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o juiz federal Sandro Nunes Vieira e o ex-assessor de Jair Bolsonaro, Marcelo Câmara. Os depoimentos foram solicitados pela Procuradoria-Geral da República (PGR), em parecer assinado pelo procurador-geral Paulo Gonet, no dia 27 de novembro.

O pedido foi feito seis dias após a PF concluir o inquérito do golpe, que inicialmente indiciou 37 pessoas, incluindo Bolsonaro, Valdemar e Câmara. O objetivo era aprofundar as investigações sobre o envolvimento do magistrado Sandro Nunes Vieira em ações relacionadas ao questionamento das urnas eletrônicas conduzido pelo PL após as eleições de 2022.

Investigações incluem Bolsonaro

No parecer sigiloso da PGR, ao qual a reportagem teve acesso, Gonet cita um ofício da PF que apresenta provas indicando a participação do juiz na elaboração do documento do PL sobre as urnas. As evidências foram obtidas a partir de mensagens apreendidas no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e de Marcelo Câmara.

De acordo com a PGR, há indícios de que Sandro Nunes Vieira teria utilizado sua posição como juiz auxiliar junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), entre 2019 e agosto de 2022, para favorecer o grupo investigado. Gonet defendeu a continuidade das apurações sobre a atuação do magistrado nos eventos que culminaram na tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, investigados no âmbito da Petição 12.100/DF.

O pedido para as oitivas foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF). No despacho assinado em 27 de novembro, Moraes deu prazo de 10 dias para que os depoimentos fossem realizados. Apesar disso, os depoimentos ocorreram apenas nesta quinta-feira.

Bolsonaro
Bolsonaro e militares. Foto: Divulgação

No relatório da PF, destaca-se que o contato de Sandro Nunes Vieira estava salvo no celular de Marcelo Câmara ainda no período em que o juiz atuava no TSE. A aposta de investigadores é que o magistrado pode ser incluído na lista de denunciados pela PGR no inquérito do golpe, mesmo sem ter sido formalmente indiciado até o momento.

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