Segunda-feira, 08 de julho de 2024

Independência é o que move o jovem trabalhador

Jovens têm trabalhado cada vez mais cedo. Anualmente, são gerados R$ 295,5 bilhões em consumo

Postado em: 27-07-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Jovens têm trabalhado cada vez mais cedo. Anualmente, são gerados R$ 295,5 bilhões em consumo

Milleny Cordeiro

Os jovens brasileiros estão entrando cada vez mais cedo no mercado de trabalho, seja por uma ansiosa independência ou para contribuir com as despesas de casa. O fato é que esse cenário tem gerado à economia do país um consumo anual de R$ 295,5 bilhões. O dado é da pesquisa sobre o poder do consumo dos jovens brasileiros, realizada e divulgada pelo Instituto Locomotiva, de São Paulo. 

De acordo com os dados, as pessoas com idades de 16 a 24 anos possuem uma renda média de R$ 1.073. O Distrito Federal é o estado com a maior renda entre os jovens, cerca de R$ 1.500; em segundo lugar está Santa Catarina, onde a média é de R$ 1.247; Maranhão, por sua vez, ocupa a última posição com uma renda de R$ 587 entre os jovens. O estudo foi realizado a partir de projeções da Pnad e da pesquisa Quantitativa Nacional, entre 15 e 20 de junho. Quase duas mil pessoas participaram em todo o Brasil. 

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Em Goiânia, encontrar jovens trabalhadores é uma tarefa fácil. Em shoppings, por exemplo, eles representam uma boa parte do quadro de empregados. É o caso da Larissa Bernardo da Cruz, de 19 anos. Ela está em seu segundo emprego e entrou para o mercado de trabalho aos 17, quando saiu de casa e buscava por uma vida independente. Estudante de jornalismo, Larissa trabalha como vendedora em uma loja de roupas e afirma ser uma consumidora meio descontrolada: “eu chego a estourar meu salário no mês com compras”. 

Sua colega de trabalho, Bruna Laís Teles, 22, é um pouco mais controlada. Ela, que está no mercado desde os 19 anos, veio de Brasília para a capital goiana onde mora sozinha; para se manter na nova morada não teve alternativa, teve que ir atrás de um emprego. Ganhando cerca de R$ 1.400 por mês, seus maiores gastos são com produtos alimentícios. Desde o início de sua jornada, Bruna visava uma vida totalmente independente. 

A independência também foi o motivo para que Victor Henrique Ferreira, 21, começasse a trabalhar. Aos 15 anos ele já ajudava o pai com descarga de caminhão, tendo trabalhado também como garçom. Hoje, Victor é gerente de uma loja de calçados, cargo conquistado após quase dois anos como vendedor. O serviço o ajudou a pensar mais no futuro e a elaborar planos: “com a minha experiência eu almejo agora estudar logística”. 

Estudos

O emprego como impulso para fazer uma faculdade ou um curso técnico também foi uma realidade para a vendedora Grazielly Cristina, de 25 anos. Ela começou a trabalhar com 17 anos para ajudar a família e está no shopping há nove. Após a sua primeira experiência em loja, ela decidiu cursar Relações Públicas. “Consumidora compulsiva” é como ela se descreve: “compro de tudo, roupa, sapato, acessórios, meu salário fica todo comprometido”. 

Outra “forte” consumidora é a Kamilla Cristhy Oliveira, de 20 anos. Vinda do interior, ela começou a trabalhar aos 17 para se manter de forma independente. Hoje, ela mora com os irmãos e os ajuda com as despesas. Sua colega, Karina Gonçalves, trabalha há 10 meses na loja de calçados. Diferente da amiga, Karina controla bem as suas economias. Atualmente ela cursa engenharia elétrica, seu objetivo é conseguir um emprego melhor com a qualificação e abandonar o emprego de vendedora.  

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