Segunda-feira, 08 de julho de 2024

Hugo completa ano com 29 captações de órgãos para transplantes

No total, 100 pessoas foram beneficiadas com os órgãos e tecidos retirados na unidade de saúde durante o ano

Postado em: 02-01-2023 às 10h05
Por: Redação
Imagem Ilustrando a Notícia: Hugo completa ano com 29 captações de órgãos para transplantes
No total, 100 pessoas foram beneficiadas com os órgãos e tecidos retirados na unidade de saúde durante o ano | Foto: Divulgação

O Hospital de Urgências Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo) concluiu nesta quinta-feira (29) a 29ª captação de órgãos em 2022. O doador de 23 anos teve morte encefálica em decorrência de um traumatismo cranioencefálico (TCE). Foram captados coração, pulmão, rins, fígado e córneas. No total, 100 pessoas foram beneficiadas com os órgãos e tecidos retirados na unidade de saúde durante o ano.

Todo o processo seguiu os protocolos para transplantes do Governo de Goiás junto ao Sistema Nacional de Transplantes, que direciona os órgãos para os pacientes cadastrados na fila nacional. O coração e o pulmão seguiram do Hugo para receptores em São Paulo. Fígado, rins e córneas foram destinados a pacientes de Goiás.

A gerente de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Katiuscia Christiane Freitas, explica que o processo de captação de órgãos necessita de uma coordenação efetiva para que tudo ocorra em tempo hábil. “O coração foi o primeiro órgão captado, pois o limite de horas entre a retirada e o implante é de, no máximo, 4 horas. Em seguida foi o pulmão, que tem o limite máximo de 4 a 6 horas. Para o fígado, o limite de horas entre a retirada do corpo do doador e o implante no receptor é de, no máximo, 12 horas. O rim possui um tempo maior de isquemia, podendo ser de até 36 horas. As córneas foram retiradas por último, pois podem ser captadas em até 12 horas após a parada cardíaca e armazenadas por 14 dias”, detalha.

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Para Katiuscia, a forma como os profissionais de saúde acolhem as famílias é fundamental para a doação de órgãos. “Além do trabalho de sensibilização realizado pela gerência, temos profissionais capacitados que conduzem o processo de forma eficaz e acolhedora, promovendo o tão esperado sim dos familiares.”

Na captação desta quinta-feira, as equipes tiveram o apoio do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás (CBMGO) no transporte do coração e pulmão até o aeroporto de Goiânia. Os órgãos e equipes seguiram para São Paulo em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).

HGG

Em setembro, o Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG), em Goiânia, ganhou uma nova unidade de transplantes. A unidade já é consolidado em transplantes renais e hepáticos. No dia da inauguração da unidade no hospital, um transplante de fígado foi feito.

Douglas Araújo de Morais, vendedor de Barra do Garças, em Mato Grosso, fez o transplante renal em novembro de 2021. Os problemas renais começaram há 10 anos. Por conta deles, chegou a fazer hemodiálise três vezes na semana. Douglas recebeu a doação de uma criança. “Acordo todo dia muito feliz e agradecido pelo HGG ter sido tão importante na minha vida”, afirmou. “Conheço a equipe médica e de enfermagem. A gente se apaixona, pois naquele momento difícil, eles estavam lá”, completou o paciente.

O Serviço de Transplante de Medula Óssea (TMO) terá a capacidade inicial de fazer mensalmente pelo menos seis transplantes, além do atendimento ambulatorial de 45 pacientes. A área exclusiva conta com apartamentos com antecâmara, climatização com pressão negativa do ar e filtros hepa, equipamentos para purificação da água nas torneiras e chuveiros com o objetivo de evitar o risco de contaminação para os pacientes. E ainda, copa e banheiros exclusivos para acompanhantes, além de outros aspectos importantes para o atendimento à legislação sanitária vigente e às boas práticas.

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