Segunda-feira, 08 de julho de 2024

Relembre 9 polêmicas que marcaram Goiás no ano de 2020

De depilação infantil à acusações criminosas graves, ou declarações e atitudes infelizes, O Hoje separou alguns dos fatos que acenderam grandes discussões no Estado | Fotos: reprodução

Postado em: 26-12-2020 às 08h00
Por: Carlos Nathan Sampaio
Imagem Ilustrando a Notícia: Relembre 9 polêmicas que marcaram Goiás no ano de 2020
De depilação infantil à acusações criminosas graves, ou declarações e atitudes infelizes, O Hoje separou alguns dos fatos que acenderam grandes discussões no Estado | Fotos: reprodução

Nathan Sampaio

Polêmica é algo que nunca falta no decorrer de um ano. Em
Goiás não foi diferente, foram diversas as polêmicas que marcaram 2020. Algumas
delas já caíram no esquecimento, outras são mais recentes e ainda repercutem.
Confira, portanto, algumas das polêmicas escolhidas pelo O Hoje que marcaram os
últimos 12 meses.

Depilação infantil

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Em janeiro, uma empresa de Goiânia acabou sendo alvo de uma
polêmica após um blog focado em maternidade e feminismo criticar, na internet,
uma promoção de depilação para crianças e adolescentes nas clínicas da marca.

Na época, a proprietária, que se tornou alvo de críticas de
que estaria sexualizando menores de idade, se defendeu dizendo que o foco era
para a primeira depilação da mulher, que pode ocorrer na infância ou adolescência.
Por algumas semanas o assunto ficou em alta, tanto por quem defendia, quando
por quem condenava o ato.

Caiado se irrita com
manifestantes no início da pandemia

Goiás estava a alguns dias de decretar as medidas oficiais
para conter a disseminação do coronavírus quando o governador de Goiás, Ronaldo
Caiado (DEM), foi hostilizado por manifestantes pró-Bolsonaro que foram às ruas
de Goiânia em uma manifestação de apoio ao presidente do Brasil. Durante o
fato, que aconteceu em março, Caiado foi xingado por bolsonaristas ao tentar
impedir a realização da manifestação, na Praça Cívica, e se irritou com os
manifestantes: “o que vocês precisam de ter é seriedade. Não se mostra
apoio ao governo colocando em risco a sua população”.

Apesar disso, a polêmica não foi apenas por causa deste
acontecimento, já que foram semanas de discussões entre pessoas que concordavam
com o lockdown ou quarentena e outras que eram contra.

Pastor acusado de
assédio sexual

Também em março, outra polêmica tomou conta da internet e do
território goiano. Uma médica veterinária acusou um pastor evangélico, de uma
igreja conhecida de Goiânia, de assédio sexual. A mulher relatou pelas redes
sociais que o pastor, durante uma conversa, havia perguntado sobre a vida
sexual dela, disse que queria sentir seu beijo e que teve um sonho com ela, o
qual ela classifica como “horrível e nojento”.

Em sua defesa, o pastor negou o crime e pediu desculpas à
família e aos fiéis. Semanas depois do caso, o processo foi arquivado, mas a
vítima afirmou que iria continuar buscando justiça.

Demissão do
jornalista Matheus Ribeiro, da TV Anhanguera

Em abril deste ano o jornalista e, à época, apresentador do
Jornal Anhanguera 2ª edição pediu demissão e acabou virando foco de outra
polêmica goiana. Logo após o profissional anunciar a saída de emissora,
veículos de imprensa apuraram e afirmaram que intrigas, humilhação, perseguição
e um salário muito baixo, eram os motivos que levaram Matheus a deixar o
emprego.

Vale lembrar que o jornalista ganhou projeção nacional ao
ser o primeiro homossexual assumido a comandar o Jornal Nacional, em uma edição
especial do programa pelos 50 anos de exibição. Atualmente, Matheus é
editor-chefe e apresentador na RecordTV de Brasília.

Secretário de
Segurança Pública de Goiás acusado de desviar R$ 1 mi

Outra polêmica envolvendo o governo de Goiás aconteceu em
junho, quando um áudio atribuído ao primo do governador Ronaldo Caiado (DEM),
Jorge Caiado, começou a circular na internet. No áudio, Jorge acusava o
secretário de Segurança Pública (SSP), Rodney Miranda, de desviar R$ 1 milhão
que seriam destinados ao Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBM-GO) e de ter
grampeado o telefone dele.

A denúncia, feita pelo deputado estadual delegado Eduardo
Prado, durante sessão remota da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), chegou
à Rodney ao ponto de ele precisar prestar esclarecimentos à Alego. Na época,
por nota, o Secretário de Segurança Pública informou “que está tomando
conhecimento do conteúdo do áudio e que tomará as providências cabíveis, já que
possui conteúdo ofensivo e inverídico”. Após a polêmica, Rodney provou sua
inocência e o inquérito aberto contra ele foi arquivado.

Marília Mendonça e
comentário transfóbico

Em agosto, nem a cantora Marília Mendonça escapou de
polêmica. Em uma de suas lives de grande repercussão, feita em Goiânia, a
cantora cantou o repertório “Lado B” de sua carreira, mas também abriu brecha à
uma conversa com sua bando onde acabou soltando comentários que foram acusados
de transfóbicos. No vídeo, ela teria feito chacota de um membro de banda que
ficou com uma mulher transexual.

Um vídeo feito pela influencer trans Bruna Andrade denunciou
o caso, fazendo um desabafo como própria mulher trans. Após o assunto viralizar
na web, Marília rapidamente pediu desculpas e abriu espaço de uma outra transmissão
ao vivo para falar sobre o assunto e ceder espaço para uma Alice Félis, uma
trans que havia sido brutalmente espancada dentro do próprio apartamento.

Padre Robson e as
denúncias contra Afipe

Ainda em agosto, outra grande polêmica tomou conta de Goiás.
O famoso Padre Robson, de 46 anos, foi notícia do Fantástico, mas a informação
não era nada positiva. O pároco, que comandava a Basílica do Divino Pai Eterno
em Trindade, na região metropolitana de Goiânia, foi acusado de estar envolvido
em transações bilionárias ligadas à Associação dos Filhos do Pai Eterno
(Afipe).

De agosto até recentemente o Ministério Público de Goiás
(MPGO) denunciou Padre Robson por duas vezes, ambas as vezes as investigações
foram suspensas pela Justiça. Robsone mais 17 pessoas, no entanto, foram
acusados de liderar uma organização criminosa formada por empresários,
políticos e empregados próximos para retirar dinheiro da Afipe e beneficiar
amigos e parentes. Na primeira denúncia, eles respondem por desvio de quase R$
13 milhões.

Vanderlan defende
dinheiro na cueca em plena campanha eleitoral

As eleições em Goiânia também não deixaram de ser polêmicas
em 2020, período muito utilizado para fazer denúncias entre políticos
concorrentes, o que não faltou foram acusações. Apesar disso, uma delas ficou
entre as mais conhecidas: em outubro o senador Vanderlan Cardoso (PSD), então
candidato à prefeitura de Goiânia, teve um áudio vazado onde defendia o senador
Chico Rodrigues (DEM/RR) – parlamentar flagrado pela polícia com dinheiro na
cueca – contra a interferência do Supremo Tribunal Federal (STF).

Após a polêmica, Vanderlan Cardoso explicou que teve o
objetivo de defender o Senado como instituição, já que Chico Rodrigues foi
afastado do cargo em uma decisão monocrática do ministro do Supremo, Luís
Roberto Barroso. Porém, o áudio não deixou de ser usado pelos seus concorrentes
em campanhas políticas e de afetar bastante o a própria campanha do candidato à
prefeito.

Seu Waldemar e vídeo
de nudez

A polêmica mais recentes da lista aconteceu neste mês de
dezembro e envolveu o humorista Seu Waldemar, à época contratado da TV
Anhanguera e apresentador do programa sabático “No Balaio”. Ele publicou, no
próprio Instagram, um vídeo onde filma uma garota sentada, sem roupas nas
partes inferiores. A gravação, que filma até mesmo o rosto da mulher, foi
apagada minutos após ser postada, mas não escapou de “viralizar”. Logo, o
assunto virou notícia e o rapaz perdeu parcerias, o contrato com a TV e mais de
30 mil seguidores.

Dias após a publicação de Seu Waldemar, ele se pronunciou em
sua rede social pedindo desculpas. A vítima filmada por ele acabou se pronunciando
também. Atualmente não há novidades sobre o assunto, já que nenhum dos dois se
pronunciou novamente.

 

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