Com 160 imagens, exposição Modernidades Fotográficas chega ao Rio

Exposição Modernidades Fotográficas reúne obras do período de 1940 a 1964

Postado em: 26-03-2016 às 10h35
Por: Redação
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Exposição Modernidades Fotográficas reúne obras do período de 1940 a 1964

Já está aberta ao público do Rio de Janeiro a exposição
Modernidades Fotográficas, 1940-1964, no Instituto Moreira Salles (IMS), que
fica na Gávea, zona sul da cidade. A mostra foi considerada uma das cinco
exposições imperdíveis em todo o mundo em meados do ano passado, quando passou
por Paris, pelo site norte-americano de notícias Huffington Post. Os trabalhos
retratam a vanguarda da fotografia modernista no Brasil.

São 160 imagens do brasileiro José Medeiros, do francês
Marcel Gautherot, do húngaro Thomaz Farkas e do alemão Hans Gunter Flieg, que
retratam um período de firmação da fotografia moderna do Brasil, passando pelo
fotojornalismo, pela abstração e fotografia industrial. Os trabalhos fazem
parte do acervo do IMS e os registros vão desde paisagens na Amazônia até
fábricas e usinas, além de ritos de religiões africanas, monumentos, futebol,
carnaval e outros festejos populares, com destaque para a construção de
Brasília.

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Curador da exposição ao lado de Ludger Derenthal, o
coordenador executivo cultural do IMS, Samuel Titan Jr., explica que a
exposição estreou em Berlim em 2013 e foi montada a pedido do Museu da
Fotografia de Berlim, indo depois para Lisboa, Paris e Madri.

“É um acervo brasileiro, pertence 100% ao Instituto Moreira
Salles. Ele já foi mostrado em outros recortes e seleções várias vezes aqui no
Brasil. O que há de novo é o cruzamento de quatro fotógrafos em uma única
exposição. Ela nasceu sob encomenda do Museu da Fotografia de Berlim, que se interessou
pelo nosso acervo e quis mostrar lá, já nessa feição de exposição coletiva.”

Titan lembra que cada fotógrafo tem seu estilo marcante, mas
destaca que, juntos, eles mostram a diversidade do próprio sentido de
modernidade no país. “A ideia por trás dessa exposição é mostrar a diversidade
da fotografia brasileira nesses 25 anos, entre o final dos anos 30 e o golpe de
64. Seria impossível reduzir personalidades artísticas tão diferentes a um só
traço ou conceito definidor do que é moderno. Já naqueles anos, o moderno
significava muitas coisas diferentes e às vezes rivais. A gente quis mostrar
como isso se dava também na fotografia, com uma exposição mais caleidoscópica e
menos unívoca”.

Entre o material inédito que a exposição traz está a
sequência de fotos que Farkas fez nas ruas de Brasília no dia da inauguração.
“É um conjunto grande, a gente tinha mostrado uma ou duas e agora fez uma
amostragem maior desse material”. Brasília também aparece com destaque no
trabalho de Gautherot, que era muito próximo de Oscar Niemeyer e teve acesso
ilimitado ao canteiro de obras da capital de 1958 até 1960.

Aberta há uma semana, a mostra integra o
calendário de longa duração do instituto e pode ser vista até o dia 26 de
fevereiro de 2017, de terça-feira a domingo, entre as 11h e as 20h, com entrada
gratuita. 

(Agência Brasil) Imagem/Fernando Frazão

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