Daniel Alves pede que Seleção desfrute da decisão contra a Espanha: ‘Será um dia especial’

Capitão, referência do grupo, 38 anos de idade e o jogador com mais títulos oficiais na história do futebol. Nada disso faz Daniel

Postado em: 06-08-2021 às 09h25
Por: Felipe André
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Campeão em diversos países, Daniel Alves participa pela primeira vez das Olimpíadas e quer ajudar os jovens a conseguir o ouro | Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Capitão, referência do grupo, 38 anos de idade e o jogador com mais títulos oficiais na história do futebol. Nada disso faz Daniel Alves tirar os pés do chão na Seleção Brasileira. O lateral ressaltou que a trajetória que o credenciou a estar nos Jogos Olímpicos de Tóquio também o deixa no mesmo patamar que os companheiros mais jovens: reconhecido pela experiência, ele é estreante em Olimpíadas.

“Acho que é muito fácil lidar com esse papel quando você tem ideias bem esclarecidas sobre quem é você, o que você quer e quais são seus objetivos quando você está aqui. Foi o que tentei deixar bem claro: independentemente da minha trajetória, das minhas conquistas e de tudo que vivi na Seleção, estamos aqui em igualdade de condições, estreando na competição. Eles sabem, e a convivência é saudável por isso: não tem vaidade, ego que atrapalhe o grupo, que está sempre à frente de tudo isso. Estamos aqui por um sonho, ele é de todos e, para isso, precisamos unir nossas forças”, disse, enaltecendo a boa relação do grupo no vestiário.

“É um grande prazer estar aqui, de verdade. Temos grandes profissionais aqui, comissão e jogadores. Por sorte, convivo com um grupo muito maduro, de pessoas muito conscientes dos valores reais da vida e do que têm que fazer, da maneira que têm que se comportar diante de um objetivo. Me sinto honrado e positivamente surpreendido. O respeito aos mais jovens tem que ser o mesmo, porque ele é a base de tudo. Todo mundo que vem aqui na frente das câmeras ou aparece na TV durante o jogo tem uma história de luta, superação e vitórias por trás. Quando você cria um ambiente que respeite essas individualidades, o que acontece dentro de campo é consequência”, argumentou.

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O adversário deste sábado (07) é um velho conhecido. Daniel Alves integrou a Seleção campeã do Mundial Sub-20 em 2003 e a que venceu a Copa das Confederações em 2013. Ambas as decisões, como a da Olimpíada de Tóquio, tinham a Espanha no caminho até o ouro. O capitão, porém, prefere focar no presente.

“São momentos diferentes, jogadores diferentes, histórias diferentes, outras gerações, mas a paixão, a gana e a vontade de fazer grandes coisas é enorme. Tornam esse jogo especial, assim como o adversário e o momento. A gente precisa desfrutar, pois não é todo dia que se chega a uma final de Olimpíada, não são muitos os que estão aqui que terão a chance de jogar outra. É um momento especial e, nestes, você tem que se preparar bem, vivenciar com muita intensidade porque eles não voltam. Esta é a nossa ideia: colocar tudo o que temos no coração, na alma e na mente nesse grande dia”, defendeu.

Defendendo o Sevilha e o Barcelona, o lateral passou 14 anos vivendo e conquistando títulos no país europeu. A relação de longa data conferiu a ele até uma segunda nacionalidade. Todos esses ingredientes, garante, tornam ainda maior sua vontade de conquistar o ouro pela Amarelinha

“Para mim, poder enfrentá-los é um grande prazer e uma grande honra. É especial por tudo que vivi e construí lá como pessoa e profissional. Mas se trata de competir e, quando entra essa parte, esquecemos todos os outros vínculos que temos e focamos naquilo que viemos fazer aqui, que nos preparamos o tempo todo para alcançar e executar. O adversário tem uma qualidade muito especial e diferente, que já comprovei e desfrutei de perto. Mas estou aqui representando minha pátria-mãe, e tenho que me preparar bem porque será um dia de trabalho muito difícil mas também muito especial, por ser uma final, ainda mais olímpica, por estar aqui e todas as coisas envolvidas nisso, como não ser da idade e poder estar aqui como um dos extras, ter essa confiança por parte do estafe, da Seleção, dos colegas. É uma responsabilidade que gosto, que assumo e espero que estejamos preparados”, afirmou.

Preparação e merecimento


Daniel Alves avaliou, ainda, os pontos fortes da equipe na luta pelo segundo ouro consecutivo. E destacou que, quer joguem na Europa ou no Brasil, o amor dos atletas pela Amarelinha e pelo país continua sendo o mesmo, assim como a vontade de inscrever o nome na história do futebol.

“Continuamos sendo brasileiros, com a responsabilidade de defender e representar nosso país onde quer que estejamos. Temos um grande trabalho, a comissão tem ideias muito claras do que quer propor, e os jogadores que jogam juntos há muito tempo. o que facilita o entrosamento e o estilo de jogo proposto. A base foi mantida, a maior parte do grupo vem jogando junta já há algum tempo, se conhece, conhece o treinador e o estafe para saber o que gostam. E os que vieram agregar, como eu, Santos, Diego e Richa, somos jogadores de alto nível, que assimilam aquilo que é passado muito rápido. Estamos aqui para ser esse ponto de equilíbrio com nossa experiência e vivência com outras escolas, para criar uma equipe sólida, que junta experiência e juventude para performar e chegar aos objetivos planejados”.

*Com informações da CBF

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