Gerente da base do Atlético-GO explica dificuldades com sub-20 e nova política para transição de atletas

Após o foco desde o início da temporada nas competições nacionais que disputou, o Atlético Goianiense optou por fazer mudanças neste final de ano. Com a 15ª campanha geral no Campeonato Brasileiro Sub-17, ficando em oitavo no seu grupo, em sua primeira participação no torneio acabou não trazendo maiores ressalvas para esse grupo, mas a avaliação para o sub-20 foi diferente.

Com a pior campanha, entre os 20 clubes, no Campeonato Brasileiro Sub-20, o Atlético Goianiense se despediu com apenas três vitórias em 19 jogos. Durante esse processo, a diretoria optou pela troca no comando técnico, com a saída de Raphael Miranda e chegada de Rogério Corrêa, mas que no Campeonato Goiano, também apresentou dificuldades e só confirmou a classificação para as quartas de final na penúltima rodada da primeira fase.

“Se a gente não pautar por trabalho que começa nas categorias menores, para os atletas passarem cinco, sete anos dentro do clube a gente não consegue fazer um trabalho no sub-20 a altura que queremos. Primeiro porque chega muitos jogadores sem identidade com o clube e atletas que diversas manias. Enquanto nós e outros clubes pautarem por contratar jogador para sub-20, vai estar fadado a erro. Por isso estamos fortalecendo o trabalho nas categorias mais baixas, e o sub-20 teremos que ter muita paciência, pois ela não será consertada neste ano, mas é algo para dois ou três anos, para que podemos pegar essa turma do sub-15 e que consiga chegar no sub-20. Já temos atletas que já tem algum tempo de casa e que em breve poderão estar no sub-20 com o tempo de casa necessário”, destacou o gerente das categorias de base do Atlético-GO, Wendel Batata, para o Jornal O Hoje.

O “projeto de escadinha” apresentou resultados na tarde desta última quinta-feira (21/10) na base atleticana. A categoria sub-15 conquistou o titulo estadual ao vencer o Bela Vista na decisão. Com um novo planejamento, Wendel Batata pretende criar vínculos maiores dos jogadores dentro do Atlético Goianiense, para que possa resultar em melhores resultados no sub-20, futuramente.

“Desse time que foi campeão, não tem nenhum jogador que estava na equipe sub-13 de 2019. Se tivesse tido um ano de competição, eles poderiam estar jogando hoje, mas a transição que eles iriam fazer, aconteceu durante a pandemia, eles praticamente não podiam treinar e a gente ficou quase que todo o ano parado. A pandemia atrapalhou as categorias mais novas e as transições entre eles. Tivemos que fazer muitos amistosos, pois não tinham competições, transitamos alguns atletas para a categoria sub-17. Nesse grupo que foi campeão, vários jogadores já estiveram no sub-17 e então começamos a pautar as transições precoces por falta de competições nas categorias menores”, completou Wendel Batata.