Sandes Júnior deve deixar posto de líder do Prefeito na Câmara

Nomes de Leandro Sena (Republicanos) e Léo José (PTB) são cotados para substituir

Postado em: 05-07-2021 às 08h21
Por: Samuel Straioto
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Nomes de Leandro Sena (Republicanos) e Léo José (PTB) são cotados para substituir | Foto: Reprodução

O vereador Sandes Júnior (Progressistas) pode ser substituído da função de líder do Paço Municipal na Câmara de Goiânia, a partir do mês de agosto, logo após o recesso parlamentar. A alteração está sendo avaliada pela área de articulação política da prefeitura. Dois nomes são cotados para substituir o vereador Sandes Júnior: Leandro Sena (Republicanos) e Léo José (PTB). Já a vice-liderança que hoje é ocupada pelo vereador Anselmo Pereira (MDB), por ora não deve sofrer alterações.

A possibilidade de troca não é recente. Ainda do mês de abril, período em que nos bastidores do Legislativo municipal passou a ser discutida a criação de novos cargos na Câmara e ainda a antecipação das eleições da Mesa Diretora, quando o assunto chegou a ser cogitado. A área política do Paço não gostou de ser pega de surpresa na ocasião, e desde então uma alteração passou a ser analisada.

Já no início de maio, após a assinatura de 24 vereadores em manifesto contrário à antecipação da eleição da Mesa Diretora para o próximo biênio (2023 – 2024), o presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Romário Policarpo (Patriota), arquivou o projeto que antecipa a disputa e amplia o número de componentes nas Comissões Mista, Constituição e Justiça (CCJ) e de Finanças, além de criar a figura do 4° vice-presidente do Legislativo municipal. O documento solicitava o arquivamento do projeto sob o argumento de que “não é o momento de debater antecipação das eleições, por causa da pandemia de Covid-19 e por causa do cenário que ainda será formado no próximo biênio”.

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Os vereadores Leandro Sena e Léo José, cotados para assumir a função de líder do Paço, foram alguns dos parlamentares que encabeçaram o manifesto contra a antecipação das eleições. Procurado pela reportagem, Leandro Sena, relatou que não há nada oficial e que sempre se colocou à disposição do prefeito para ajudar na administração. Já Léo José informou que não foi procurado pelo prefeito e que no momento não tem interesse na função. A reportagem também tentou contato com o vereador Sandes Júnior, porém ele não atendeu as ligações.

Sandes Júnior foi escolhido por um grupo de 21 vereadores que deu sustentação a eleição de Romário Policarpo (Patriota) para presidente da Câmara. A área política da prefeitura busca alternativas para evitar conflitos com vereadores, como resultado de eventual troca do líder. Na época, os parlamentares aliados relataram que o objetivo seria evitar problemas experimentados nos primeiros anos da gestão de Iris Rezende (MDB), quando a relação com o Paço Municipal foi marcada pela distância e tentativa de imposição de matéria, sem articulação que fosse bem aceita na Casa. Uma definição de um novo líder teria a participação do grupo de Policarpo, para evitar desgastes.

O vereador Léo José (Leonardo José Arantes) é sobrinho do ex-deputado federal Jovair Arantes, Ele já foi secretário executivo do Ministério do Trabalho. Vereador de primeiro mandato, ele tem boa articulação entre os vereadores e também junto à Prefeitura de Goiânia, é visto com um bom nome por integrantes da área política do Paço. No entanto, ele ressaltou que pode ajudar a administração de outra forma e que não foi procurado oficialmente para ocupar a função.

Já Leandro Sena é líder do partido Republicanos na Câmara de Goiânia. É visto como um nome de confiança não apenas da legenda, mas do grupo político que administra o Paço Municipal. Leandro Sena relatou à reportagem que está à disposição do prefeito para qualquer função. No entanto, ele ressaltou que também não houve nenhum convite sobre o assunto e que o colega Sandes Júnior segue como líder do Paço no Legislativo.  Leandro é um dos parlamentares mais próximos à Prefeitura de Goiânia que tem subido à tribuna para contrapor os argumentos da oposição.

Estrutura dos gabinetes

As conversas sobre a possível troca de Líder na Câmara ocorre momento em que vereadores voltaram a analisar nos bastidores a possibilidade de realizar reforma na estrutura de gabinete para flexibilizar a quantidade de funcionários contratados e os valores dos cargos. A ideia é permitir que os 35 vereadores tenham maior poder de distribuição de funções e valores dentro do teto atual, de R$ 62 mil. O modelo é semelhante ao adotado pela Assembleia Legislativa, que possui a chamada verba de gabinete. O caso passará por consulta à Procuradoria da Câmara.

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