Segunda-feira, 08 de julho de 2024

Sérgio Moro condena ex-gerente da Petrobras e lobistas ligados a PMDB

O processo é decorrente das investigações sobre o pagamento de propina no âmbito da Área Internacional da Petrobras, à época dirigida por Nestor Cerveró

Postado em: 20-10-2017 às 12h10
Por: Márcio Souza
Imagem Ilustrando a Notícia: Sérgio Moro condena ex-gerente da Petrobras e lobistas ligados a PMDB
O processo é decorrente das investigações sobre o pagamento de propina no âmbito da Área Internacional da Petrobras, à época dirigida por Nestor Cerveró

O juiz federal Sergio Moro,
relator da Operação Lava Jato na primeira instância, em Curitiba, condenou o
ex-gerente da Petrobras Luiz Carlos Moreira a 12 anos de prisão, por três
crimes de corrupção passiva e um de lavagem de dinheiro, determinando que ele
deve ficar preso enquanto aguarda julgamento de recurso.

Na sentença publicada hoje (20),
Moro também determinou a prisão preventiva da dupla de lobistas Jorge Luz e
Bruno Luz, ambos apontados pelos investigadores como operadores do PMDB. O
primeiro foi condenado a 13 e oito meses por dois crimes de corrupção passiva e
seis de lavagem de dinheiro. O outro foi absolvido da corrupção passiva, mas
pegou seis anos e oito meses por seis crimes de lavagem.

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O processo é decorrente das
investigações sobre o pagamento de propina no âmbito da Área Internacional da
Petrobras, à época dirigida por Nestor Cerveró. Segundo o Ministério Público
Federal (MPF), os desvios de ao menos US$ 15 milhões foram feitos em contratos
do navio-sonda Vitória 1000, firmados entre a Petrobras e Grupo Schahin.

Jorge Luz e Bruno Luz foram
presos em fevereiro deste ano, nos Estados Unidos, em decorrência da Operação
Blackout, 38ª fase da Lava Jato. O ex-gerente da Petrobras Luiz Carlos Moreira
foi preso nesta sexta-feira pela Polícia Federal (PF), no Rio de Janeiro, sendo
acusado também de destruir provas.

Além de “boa materialidade de
autoria” dos crimes, Moro alegou que parte da quantia desviada ainda não
localizada, e que os condenados poderiam voltar a praticar crimes caso
obtivessem o benefício de recorrer da condenação em liberdade.

No mesmo processo, foram
condenados também: Fernando Schahin, por quatro crimes de lavagem de dinheiro,
a nove anos e nove meses de prisão; Demarco Jorge Epifânio, por dois crimes de
corrupção passiva, a seis anos e sete meses de prisão; e Agosthilde Monaco de
Carvalho, por lavagem de dinheiro, mas sem pena, ante a prescrição do crime,
ocorrido em 2007.

O empresário Milton Schahin
também foi condenado por quatro crimes de lavagem de dinheiro, mas sua pena
ainda deve ser determinada conforme acordo de colaboração premiada assinado por
ele com a Justiça, escreveu Moro. 

Com informações da Agência Brasil. Foto: Reprodução

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