Política salarial da gestão de Caiado não estimula servidores
Presidente do Sintego , Bia de Lima afirmou que a gestão do atual governador não foi eficiente para categoria
Por: Thauany Melo
Uma pesquisa divulgada pelo Instituto de Opinião e Mercado FoxMappin na última segunda-feira (6) revelou o percentual de aprovação do público em relação ao governo de Ronaldo Caiado (UB) em diversas categorias., dentre eles o Saneamento, Geração de Empregos e Política Salarial dos servidores públicos.
A gestão de Caiado contou com bons índices de respostas “ótimas” ou “boas” no quesito Saneamento, fechando com 37,47% de aprovação dos goianos. Já em Geração de Empregos, são 33,22% das avaliações positivas (ótimas/boas).
Já no quesito Política Salarial dos servidores públicos, a gestão reuniu a menor quantidade de avaliações positivas (27,82% responderam ótimo ou bom), o tema reúne o maior percentual de respostas ruins ou péssimas (28,16%). No quesito regular, foram 22,30% das respostas. Outros 21,72% não souberam responder.
A avaliação ruim pode estar associada aos percalços com os servidores da educação do estado. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima afirmou que a gestão do atual governador não foi eficiente na política salarial da categoria. “A política salarial do Caiado foi a pior de todas dos últimos anos. Ele não pagou a data-base dos servidores e a que ele pagou neste ano foi só referente a apenas um ano. Dava 25% e ele pagou 10%, ficaram 15% a ‘deus dará’. Ele nunca cumpriu o piso para os professores. O prejuízo para educação nesta gestão foi muito maior que na gestão do Marconi”, disse.
Ela pontuou que os salários não oferecem incentivo aos profissionais. “Quem estuda, faz pós-graduação, não tem nenhum estímulo, nenhuma vantagem. As coisas chegaram em um ponto que estamos vivendo no princípio da Idade Média, o que vale é quem indica. Nós perdemos até a gestão democrática das escola”, defendeu, em referência a suposta indicação de diretores por políticos.
A representante dos professores relembrou que em 2021 a categoria teve imenso trabalho para a retirada do desconto previdenciário de 14,25% para quem recebe até R$ 3 mil. À época, o Sintego fez um abaixo-assinado com mais de 20 mil assinaturas de aposentados exigindo a retirada do desconto previdenciário, que foi efetivada no final do mesmo ano com a PEC dos Aposentados’.
Além dos salários defasados, Bia de Lima criticou a gestão no que diz respeito à exposição ao contágio de Covid-19 sem os EPI (Equipamentos de Proteção Individual) adequados durante a pandemia, falta de concursos públicos, modulações equivocadas e fora dos prazos legais e sucateamento do Ensino de Jovens e Adultos (EJA).
Pesquisa
O levantamento foi realizado entre os dias 28 a 31 de maio de 2022, com o objetivo de consultar a população sobre o desempenho do Governo. O universo desta pesquisa abrange residentes em todas as regiões do estado. Para a aferição dos indicadores, foi utilizada uma amostra de 870 entrevistados, sendo esta estratificada segundo gênero, faixa etária acima de 16 anos, nível de escolaridade e amostra proporcional da população dos municípios. O trabalho de levantamento de dados foi feito através de entrevistas pessoais, telefônicas, além de formulário digital enviado a grupos segmentados. O nível de confiança é de 95% para uma margem estimada de erro desejado de 3,32% para os resultados.
