Paulo Cezar Martins trocou Mendanha por Vitor Hugo após ser ”barrado” no Patriota

Partido do pré-candidato ao governo de Goiás, Gustavo Mendanha, não aceitou Paulo como nome para reeleição

Postado em: 02-07-2022 às 08h49
Por: Francisco Costa
Imagem Ilustrando a Notícia: Paulo Cezar Martins trocou Mendanha por Vitor Hugo após ser ”barrado” no Patriota
Depois de tanto estimular candidatura do ex-prefeito de Aparecida, deputado estadual diz, agora, que caso Vítor Hugo seja o candidato do PL é necessário apoiá-lo | Foto: Reprodução

O deputado estadual Paulo Cezar Martins (PL) teve a pré-candidatura à reeleição barrada no Patriota. Ele revelou a informação ao Jornal O HOJE ao ser questionado sobre o apoio ao pré-candidato ao governo Gustavo Mendanha (Patriota), com quem esteve alinhado nos imbróglios do MDB em 2021, quando o partido negociava a possibilidade de aliança com o então DEM do governador Ronaldo Caiado (agora União Brasil, após fusão com o PSL). Os motivos ele não expôs.

Vale lembrar, Paulo era defensor de candidatura própria do MDB e foi um grande incentivador da pré-candidatura do ex-prefeito de Aparecida de Goiânia. “Não vamos ficar em cima do muro e não vamos ficar no conto da sereia. Vamos trabalhar duramente para que Gustavo Mendanha seja o candidato do MDB. Se não for no MDB, estou pronto pra acompanhá-lo em outro partido”, declarou em um encontro de emedebistas em Senador Canedo, em agosto do ano passado.

Hoje, contudo, o parlamentar está filiado ao PL do presidente Jair Bolsonaro. Além disso, a sigla possui pré-candidato em Goiás, o deputado federal major Vítor Hugo. “Hoje trabalho na minha pré-candidatura”, tenta evitar o assunto. Ao ser novamente questionado ele diz que caso major Vítor Hugo seja, de fato, o candidato é preciso apoiá-lo, uma vez que está filiado ao PL. 

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Apesar do federal afirmar já estar definido, o deputado estadual diz que as conversas ainda ocorrem. Ele, entretanto, diz não saber se Mendanha participa dessas conversas em busca de composição. Outro ponto digno de destaque é que Vítor Hugo já chamou Mendanha de “esquerdista” e de “Doria do cerrado”. Paulo, por sua vez, afirma que ainda tem bom relacionamento com o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia. 

Sobre o pré-candidato do PL

Para Paulo Cezar, o pré-candidato do partido dele tem condições de emplacar o nome e ganhar espaço no cenário goiano. Além da destinação de emendas, ele afirma que o major conta com o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Ele precisa trabalhar para mostrar os projetos. Mas acho que tem conteúdo para colocar o nome em evidência. Terá o momento para cativar”, destaca.

Diferença

Enquanto Mendanha chega com um discurso pacificador, de portas abertas aos nomes da direita e centro-direita que fazem oposição ao governador Ronaldo Caiado, Vítor Hugo afasta possibilidades. “Não serei vice-governador de um esquerdista, do ‘Doria do cerrado’”, disse em trecho de uma gravação divulgada no Twitter, na última semana. 

O bolsonarista também já disse ao Jornal O Hoje que tinha expectativa de compor na formação de sua chapa. No entanto, segundo o parlamentar, estaria disposto a mudar de ideia caso ocorresse “de maneira natural”. 

“Temos conversado com vários partidos que podem vir a contribuir com vice e suplência, que podem formar uma coligação mais para frente. Não é um objetivo nosso barganhar ou vender o futuro de Goiás, das crianças e dos jovens, comprometendo as secretarias com apoios políticos. Eu quero montar um governo técnico, dos melhores, onde as entidades representativas vão nos ajudar a escolher os melhores secretários”, afirmou.

Já Mendanha, também ao jornal, disse que não existe combinação entre os pré-candidatos que fazem oposição a Caiado, mas que estava “totalmente aberto” a uma composição, inclusive com Vítor Hugo. 

“O que a gente sente hoje, e o que as pesquisas mostram, é o atual governador em queda. Não diria livre, mas gradual, e o índice de rejeição aumentando constantemente. Então, hoje está bem pacífico isso. Entendo que o diálogo é sempre importante, então, independente da nossa área de atuação, o meu desejo, do Marconi, do Vitor Hugo, é que esse modelo de governança não perpetue e continue”, considerou.

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