Governo recorre ao STJ para garantir Cristiane Brasil como ministra do Trabalho

Em sua decisão, o juiz Leonardo Couceiro argumentou que, em exame preliminar, a nomeação de Cristiane enseja “flagrante desrespeito à Constituição Federal no que se refere à moralidade administrativa”

Postado em: 19-01-2018 às 10h15
Por: Márcio Souza
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Em sua decisão, o juiz Leonardo Couceiro argumentou que, em exame preliminar, a nomeação de Cristiane enseja “flagrante desrespeito à Constituição Federal no que se refere à moralidade administrativa”

O governo decidiu recorrer mais
uma vez à Justiça para tentar manter a posse da deputada Cristiane Brasil
(PTB-RJ) como ministra do Trabalho, dessa vez no Superior Tribunal de Justiça
(STJ).

A apelação foi protocolada nesta
sexta-feira (19) pela Advocacia-Geral da União (AGU), depois que o Tribunal
Regional Federal da 2ª Região (TRF2), segunda instância da Justiça Federal no
Rio de Janeiro, negou três recursos apresentados pelo órgão.

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Outros recursos impetrados por
advogados da deputada foram igualmente rejeitados pelo desembargador Vladimir
Vitovsky, do TRF2.

Indicada ao cargo por seu pai e
presidente do PTB, o ex-deputado Roberto Jefferson, Cristiane Brasil foi
anunciada pelo presidente Michel Temer como ministra do Trabalho em 3 de
janeiro, mas está impedida de tomar posse por força de uma decisão liminar
(provisória) do juiz Leonardo da Costa Couceiro, da 4ª Vara Federal de Niterói,
proferida em 8 de janeiro.

O magistrado acolheu os argumentos
de três advogados, que em ação popular questionaram se a deputada estaria
moralmente apta a assumir o cargo após ter sido revelado pela imprensa que ela
foi condenada pela Justiça do Trabalho a pagar mais de R$ 60 mil a um
ex-motorista, em decorrência de diversas irregularidades trabalhistas.

Em sua decisão, o juiz Leonardo
Couceiro argumentou que, em exame preliminar, a nomeação de Cristiane enseja
“flagrante desrespeito à Constituição Federal no que se refere à moralidade
administrativa”. 

Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução

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