O que dizem aliados e cotados à presidência da Alego

A quatro meses da eleição da nova mesa diretora da Alego, possíveis candidatos à presidência aguardam sinal verde e apoio do governador Ronaldo Caiado

Postado em: 14-10-2022 às 07h15
Por: Francisco Costa
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A quatro meses da eleição da nova mesa diretora da Alego, possíveis candidatos à presidência aguardam sinal verde e apoio do governador Ronaldo Caiado | Foto: reprodução

A quatro meses da eleição da nova mesa diretora da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), os possíveis candidatos à presidência preferem não falar – pelo menos parte deles. Tudo é incerto e é melhor “não queimar largada” neste momento. Neste momento, eles aguardam não só o sinal verde do governador para as articulações, mas também o apoio de Ronaldo Caiado (União Brasil).

Bem cotado na disputa, o vice-governador Lincoln Tejota (União Brasil) deixa claro, com o pé no chão, que o cargo está no radar. Terceiro mais bem votado do União Brasil – partido do governador Ronaldo Caiado –, ele conversou com o jornal O Hoje. Segundo ele, tudo dependerá do chefe do Executivo e seu grupo. 

“A presidência da Assembleia Legislativa é um posto que, a meu ver, todo deputado almeja. Mas isso depende da vontade de um grupo, e sou da política de grupo, de entendimento. E estou no grupo liderado pelo nosso governador Ronaldo Caiado. Fui o terceiro mais votado de meu partido, que é o partido do governador, do qual sou vice atualmente, na atual gestão. Gestão pela qual tenho total alinhamento, por isso é natural ser um dos nomes citados para concorrer”, avalia.

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Segundo analistas, preterido como candidato a vice na reeleição, esta também seria uma forma de compensação. Vale lembrar que Daniel Vilela (MDB) o substituiu na disputa como segundo em comando de Caiado.

Bastidor

Outros aliados dos presidenciáveis, todavia, mesmo em off, já defendem seus nomes. É o caso de um interlocutor de Virmondes Cruvinel (União Brasil), outro dos preferidos na disputa. 

Próximo ao deputado reeleito, a fonte afirma que muito pode ocorrer nesses quatro meses, mas que Cruvinel está articulando. Essa pessoa diz que o parlamentar entende que o Legislativo precisa ter uma relação de maturidade para que as matérias de interesse do governo e da sociedade fluam na Casa. “Mas harmonia não significa perda de autonomia.”

Além disso, declara que Virmondes não vê a presidência como projeto pessoal, mas sim coletivo. “Tem de representar o pensamento de todos os deputados ou pelo menos da maioria, e sempre valorizar ainda mais o Legislativo.”

Para o interlocutor, Virmondes está pronto. “Está no terceiro mandato, tem maturidade, vivência, sabe ouvir e respeitar cada colega.” De fato, o deputado é visto como figura pacificadora dentro da Casa. 

Mais votado

Ex-vereador por Goiânia e irmão do deputado Bruno Peixoto (União Brasil), Wellington Peixoto diz que tem conversado com alguns parlamentares (reeleitos e vereadores que ascenderam, como Mauro Rubem e Clécio Alves) e muitos falam do aliado dele. “Por ele ter sido líder do governo, apareceu muito. Além disso, ajudou muitos a irem para a base, o que fortalece essa possibilidade.”

“Eu também conversei com o Bruno e ele admite que está à disposição. Contudo, afirma que irá esperar o governador para ele decidir se o quer como líder, se irá escolher alguém… o governador Ronaldo Caiado pediu que os deputados ainda não se movimentassem. Que depois irá se reunir para discutir.”

Para Wellington, o irmão tem como principal adversário Virmondes, que possui o apoio do atual presidente Lissauer Vieira (PSD). “É uma força muito grande.” Contudo, diz que Bruno está pronto e destaca pontos positivos: “Bom articulador, sempre preocupado com o Legislativo, foi o mais votado.”

Ele também cita que o deputado foi líder do governo por quatro anos e que defende e lutará por igualdade de espaço na Alego. “Hoje tem um grupo que tem muito e outro tem pouco.” 

Outros cotados na disputa são Renato de Castro (União Brasil) e Cairo Salim (PSD). Até antes da eleição, Henrique Arantes (MDB) também aparecia como possibilidade. Porém, ele ficou como suplente, assim como Álvaro Guimarães (União Brasil), outro cotadíssimo antes do pleito. 

O mais certo é que a maior chance é o próximo presidente ser do partido do governador Ronaldo Caiado, o União Brasil. Entre os cotados, neste momento, somente Salim é de outra sigla. Além disso, o chefe do Executivo do Estado deve tentar fazer eleger um nome da confiança dele.

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