Republicanos de Cruz articula para além de 2024, de olho em 2026

Partido do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, sabe do potencial de fortalecimento para eleições majoritárias

Postado em: 15-05-2023 às 08h40
Por: Yago Sales
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Partido do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, sabe do potencial de fortalecimento para eleições majoritárias. | Foto: Reprodução

Não é nenhuma novidade que os partidos já conversam sobre alianças que podem levar esse ou aquele nome para cabeça de chapa majoritária no pleito municipal ano que vem. Não é diferente com o Republicanos, uma legenda que busca musculatura para adentrar, por meio da bancada goiana, de maneira mais forte nas eleições de 2026.

Ou seja, 2024 é um balizador para a legenda dirigida em Goiás pelo ex-prefeito de Águas Lindas, Hildo do Candango. Desde que o Republicanos tomou as rédeas da prefeitura de Goiânia, com Rogério Cruz na cadeira de prefeito, a sigla tomou gosto. Relembrou os tempos em que, com Marcelo Crivella, no Rio de Janeiro. 

O partido também reordena a programação da rota ao ter duas amargas derrotas no último pleito: o então presidente da sigla, com cargo de deputado federal, João Campos, perdeu a eleição à única vaga ao Senado. Do ponto de vista ideológico, alinhadíssimo ao bolsonarismo, Campos perdeu para outro bolsonarista, Wilder Morais. 

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Outra derrota foi da primeira-dama de Goiânia Thelma Cruz que tentou ocupar uma vaga na Assembleia Legislativa — como deputada. É que, como se sabe, ela se ajeitou por lá, conseguindo um bom cargo com um salário sem modéstia.

Thelma que é uma aposta fortíssima do partido para ser a vereadora mais bem votada à Câmara Municipal, dada a importância da máquina que conseguiu 25.602 votos. Claro, tem a influência da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), “dona ideológica” do Republicanos. 

O partido tem um nome considerado promissor. Articulado e bem votado para a Câmara, Jeferson Rodrigues, que tem enorme capacidade de se envolver em um projeto majoritário, inclusive, ao governo, conforme uma fonte do Republicanos. Inclusive a vice. Não que seja conhecido a ponto de eleger-se, mas capaz de aglutinar forças político-partidárias. 

Embora tenha chegado à prefeitura de Goiânia por acaso da morte de Maguito Vilela, o Republicanos – leia-se Rogério Cruz – andou e ainda ainda, pé ante pé, para dar conta da pressão, sobretudo da Câmara Municipal. Em caso de reeleição de Rogério, o que, para tanta e tanta gente, é uma miragem, a legenda se fortalece como uma das mais importantes do Estado, governando a cidade mais importante do solo goiano e criando um roteiro promissor para 2026. Quem sabe até para largar a mão da dupla Caiado-Daniel para lançar alguém para morar na Casa Verde. 

Ao que tudo indica, a legenda definirá chapas ano que vem, o que, em alguns casos, pode ser tarde demais. O MDB de Daniel Vilela, por exemplo, já faz encontros regionais para atrair personagens para o partido e lançá-los ano que vem. Um exemplo claro das articulações emedebistas é a reaproximação entre o vice-governador Daniel Vilela, que preside o MDB, e o ex-prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha, que por enquanto está no Patriota. 

Com boa relação com Caiado, o Republicanos não tem cargo no primeiro escalão no Palácio das Esmeraldas por motivos óbvios. O partido caminhou com Mendanha na disputa ao governo, com Campos na chapa como candidato ao governo, mas sobe sem constrangimento no palanque caiadista. 

Como já mencionado, é comum que partidos pensem e articulem para o fortalecimento de sua base, construindo trajetórias de nomes sempre pensando lá na frente, ou seja, em influência com o governo. Por isso, o partido, que caminhou fielmente ao projeto de reeleição derrotado de Jair Bolsonaro, ainda não contemplado com nenhum cargo no governo do petista Lula da Silva, tenta manter-se distante da oposição raivosa, sobretudo dos fiéis escudeiros do ex-presidente, principalmente de parlamentares do Partido Liberal.

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