Para ministra Cármen Lúcia, “democracia é o único caminho”

O discurso foi feito em referência à crise de abastecimento pela qual passa o país após 10 dias de paralisação de caminhoneiros

Postado em: 30-05-2018 às 15h15
Por: Márcio Souza
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O discurso foi feito em referência à crise de abastecimento pela qual passa o país após 10 dias de paralisação de caminhoneiros

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra
Cármen Lúcia, fez uma defesa enfática do regime democrático de direito, ao
abrir a sessão plenária desta quarta-feira (30). O discurso foi feito em
referência à crise de abastecimento pela qual passa o país após 10 dias de
paralisação de caminhoneiros.

“A construção permanente do Brasil é nossa, e ela é
permanente, democrática e comprometida com a ética. Não há escolha de caminho.
A democracia é o único caminho legitimo”, afirmou a presidente do STF.

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Antes, ela reconheceu que “também na democracia se vivem
crises”, mas acrescentou que “dificuldades se resolvem com a aliança dos
cidadãos e a racionalidade, objetividade e trabalho de todas as instituições,
de todos os poderes”.

“A democracia não está em questão. Há questões
sócio-político e financeiras nas democracias também, mas o direito brasileiro
oferece soluções para o quadro apresentado e agora vivido pelo povo
brasileiro”, disse.

Intervenção militar

Em centenas de pontos de manifestação nas rodovias, foram
registradas faixas e declarações pedindo uma intervenção militar no Brasil.
Indiretamente, foi esse tipo de atitude que a presidente do STF desencorajou.

“Não temos saudade senão do que foi bom na vida pessoal e em
especial histórico de nossa pátria. Regimes sem direitos são passados de que
não pode esquecer nem de que se queira lembrar”, disse Cármen Lúcia em
referência a regimes não democráticos, como a ditadura militar.

Ela garantiu que o Poder Judiciário trabalha garantir os
direitos dos brasileiros durante o período de crise. “Não se há de deixar ao
povo o sofrimento pela carência de aplicação do direito, para isso somos juízes
e não nos afastaremos de nossos deveres”.

 Com informações da Agência Brasil. 

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