Ex-vice de Vanderlan, Wilder não deve apoiá-lo em 2024

“Ele assumiu uma responsabilidade muito grande dentro PL. Então, ele tem que mostrar serviço dentro do Estado”, diz Cardoso ao comentar o assunto

Postado em: 29-05-2023 às 07h42
Por: Francisco Costa
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“Ele assumiu uma responsabilidade muito grande dentro PL. Então, ele tem que mostrar serviço dentro do Estado”, diz Cardoso | Foto: Reprodução

O senador Vanderlan Cardoso (PSD) é, provavelmente, o nome da sigla na disputa à prefeitura de Goiânia, em 2024. Se em 2020 ele teve como vice o hoje também senador Wilder Morais (PL) e em 2022 o apoiou para o Senado, no ano que vem eles deverão estar em lados opostos. 

Isso porque o PL não deverá apoiar o PSD, mas sim ter candidatura própria. Vanderlan entende que o partido do ex-presidente Jair Bolsonaro é um dos maiores do País. Por isso, é esperado que lance candidatura própria em Goiânia e outras cidades importantes em Goiás e no Brasil.

“Todo partido grande como o PL, o PSD trabalha para ter candidatura própria. Se eu me candidatar e não tiver o apoio do PL, saberei trabalhar – uma vez que posso assumir o PSD. Trabalharei para o partido ter o maior número de candidato”, argumenta Cardoso que é tido como certo para assumir a legenda no Estado ao fim do mandato de Vilmar Rocha, que termina em 31 de maio. 

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Apesar desse entendimento que não deve contar com a retribuição de Wilder em Goiânia, Vanderlan diz que é possível a composição em alguns municípios. “Eles podem vir nos apoiar. Tudo é diálogo. Ainda não tem questão definida.” Ele afirma, inclusive, que conversará com todas as legendas. Cita, até mesmo, o União Brasil do governador Ronaldo Caiado. 

É preciso apontar que, na disputa pela prefeitura de Goiânia, em 2020, Vanderlan e Wilder tiveram o apoio de Caiado. Em 2022, contudo, Cardoso foi dissidente do PSD, base do gestor estadual, e apoiou Morais para o Senado na chapa de Major Vitor Hugo (PL), que terminou em terceiro lugar na disputa pelo Palácio das Esmeraldas. 

Mas ainda sobre Wilder, Vanderlan reforça que a relação com o colega congressista é muito boa. “Tivemos uma relação forte na campanha. Mas ele assumiu uma responsabilidade muito grande dentro PL. Então, ele tem que mostrar serviço dentro do Estado. Eu também serei cobrado, assumindo PSD. Mas vai depender muito do momento, do diálogo, das conversas. Mas com certeza terá um segundo turno em Goiânia”, já sinaliza a possibilidade de ambos caminharem juntos em algum momento.

Prefeitura de Goiânia

Em Goiânia, o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) deve disputar a reeleição. Ele trabalha para retomar a harmonia com o Legislativo municipal justamente para se fortalecer no páreo de 2024. Pelo PL, o nome mais cotado é o do deputado federal Gustavo Gayer, segundo mais votado em 2022 para representar Goiás na Câmara Federal.

Mesmo que Vanderlan não bata o martelo, ele é tido como pré-candidato do PSD. Aliados entendem que o ex-prefeito de Senador Canedo já chegou muito perto de sentar na cadeira do Executivo da capital contra nomes de grande expressão como Iris Rezende e Maguito Vilela, ambos do MDB. No ano que vem, entretanto, não haveria ninguém da envergadura dos emedebistas.

E por falar em MDB, o vice-governador Daniel Vilela trabalha com duas possibilidades. A primeira é Ana Paula Rezende, filha de Iris. Ela segue o caminho do pai e não deixa claro se entrará na disputa, mas os correligionários estão empolgados. Já a outro possível candidato seria o ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, que retornará a legenda com festa. Porém, a situação dele é mais complicada, pois depende de uma consulta judicial – como cumpriu dois mandatos na cidade vizinha, ele se enquadra no caso do “prefeito itinerante”. A tese é que a disputa poderia ocorrer pela tentativa ser em uma cidade maior.

Por fim, há o PT do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A deputada federal Delegada Adriana Accorsi não estaria interessada, mas é nome forte da legenda. Sem ela, quem trabalha para se cacifar é o ex-reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Edward Madureira. Além disso, outros partidos ainda poderão entrar na corrida pelo paço de Goiânia.

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