Deputado que cometeu transfobia contra Erika Hilton é investigado pela PGR

O parlamentar é sargento, pastor e apoiador do projeto de lei que proíbe o casamento homoafetivo

Postado em: 31-10-2023 às 17h30
Por: Larissa Oliveira
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A deputada federal Erika Hilton - Foto: Reprodução/Instagram

O deputado federal e pastor, Sargento Isidório (Avante-BA), está sob investigação da Procuradoria Geral da República (PGR) e do Ministério Público Estadual (MPE). No dia 19 de outubro, o parlamentar profeiu comentários ofensivos direcionados à deputada Érika Hilton, referindo-se a ela como “meu amigo”. Além disso, fez afirmações de teor transfóbico. A prática criminosa ocorreu durante uma reunião da Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados.

As falas do deputado aconteceram durante um debate sobre um projeto de lei que proíbe o casamento LGBTQIAPN+, que a Comissão em questão aprovou no dia 10 de outubro. A aprovação ocorreu mesmo diante de protestos e diversas manifestações contrárias. De acordo com Erika Hilton, o relatório de poibição do casamento homoafetivo é um “escárnio absurdo e nojento”. Além de apoiar o projeto em questão, o Sargento Isidório fez afirmações que foram amplamente consideradas transfóbicas.

Deputado transfóbico

“Homem nasce como homem, com ‘binga’, portanto, com ‘pinto’, com pênis, mulher nasce com sua cocota, sua ‘tcheca’, portanto sua vagina. Mesmo com as suas fantasias, homem, mesmo cortando a ‘binga’, não vai ser mulher. Mulher, tapando a cocota, se for possível, não será homem”, declarou o deputado federal e pastor, Sargento Isidório, durante a reunião.

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Em resposta, a deputada federal Erika Hilton solicitou a responsabilização criminal do parlamentar por violência política de gênero. Trata-se de um crime que prevê uma pena de 1 a 4 anos de reclusão, além de multa. Conforme a deputada argumentou, as palavras do Sargento Isidório não apenas ofenderam sua dignidade, mas também perpetuaram uma narrativa discriminatória que prejudica toda a comunidade LGBTQIAPN+. Agora, o caso está sob investigação tanto da PGR quanto do MPE.

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