Segunda-feira, 08 de julho de 2024

Após prisão de Queiroz, Bolsonaro ignora pela segunda vez apoiadores

Na frente do Palácio da Alvorada, um apoiador que filmava comentou a frustração: 'O presidente não parou. Segunda vez' – Foto: Reprodução.

Postado em: 19-06-2020 às 17h00
Por: Nielton Soares
Imagem Ilustrando a Notícia: Após prisão de Queiroz, Bolsonaro ignora pela segunda vez apoiadores
Na frente do Palácio da Alvorada, um apoiador que filmava comentou a frustração: 'O presidente não parou. Segunda vez' – Foto: Reprodução.

Nielton Soares

Após a prisão de Fabrício Queiroz,
o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deixou de ter contato direto com os apoiadores
que comparecem à frente do Palácio do Planalto, que nesta sexta-feira (19),
foram novamente ignorados, ao ponto de um apoiador não esconder a frustração: ‘O
presidente não parou. Segunda vez’.

Tornou-se costume o presidente diariamente
para, pela manhã ou no fim da tarde para conversar com os apoiadores. Porém, o
comboio presidencial chegou a ser registrado ao vivo por um canal bolsonarista,
que transmite as conversas com Bolsonaro.

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Por estes dias, a única
manifestação pública do presidente acerca da prisão de Queiroz foi na live
semanal, transmitida na noite de quinta-feira (18). Ele falou brevemente sobre a
prisão, comentando ter se tratada de ” prisão espetaculosa”.

No vídeo, Bolsonaro afirmou que: “O
Queiroz não estava foragido e não havia nenhum mandado de prisão contra ele.
Foi feita uma prisão espetaculosa”. O presidente também chegou a comparar
a ação. “Parecia que estavam prendendo o maior bandido da face da terra,”
comentou.

Caso Queiroz

Fabrício Queiroz, ex-assessor parlamentar
de Flávio Bolsonaro, foi encontrado na quinta (18) em um sítio do advogado
Frederick Wassef, que defende Flávio, se apresentando como “consultor
jurídico” do presidente.

A prisão do amigo da família
Bolsonaro colocou o Palácio do Planalto em alerta total. Após a operação da
polícia de São Paulo, auxiliares de Bolsonaro foram convocados às pressas para
uma reunião de emergência.

O assunto foi a prisão do
ex-assessor de Flávio, filho mais velho do presidente, e chegou a durar duas
horas, ficando concluído que era preciso viabilizar o afastamento de Wassef do
presidente.

 

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