Postura de Iris Rezende frente à pandemia é omissa ou ineficaz para 58%

Conduta do prefeito foi medida em pesquisa do Instituto de Pesquisa de Opinião e Mercado FoxMappin, do Grupo O Hoje| Foto: Reprodução/ Sagres TV

Postado em: 06-07-2020 às 06h00
Por: Redação
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Conduta do prefeito foi medida em pesquisa do Instituto de Pesquisa de Opinião e Mercado FoxMappin, do Grupo O Hoje| Foto: Reprodução/ Sagres TV

Venceslau Pimentel 

A conduta do prefeito de Goiânia, Iris Rezende (MDB), nas ações de combate à pandemia do novo coronavírus é considerada inadequada para 58,22% dos eleitores goianienses entrevistados pelo instituto FoxMappin – Pesquisa de Opinião e Mercado, do grupo O Hoje. Para 35,54%, a conduta de Iris foi correta. 

Sobre as ações realizadas para combater a Covid-19, 30,96% dos entrevistados afirmaram que como Iris se posiciona frente ao assunto é ineficaz; 27,26% opinaram que percebem omissão, e 6,24% não souberam ou não opinaram.

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A pesquisa foi realizada entre os dias 9 a 19 de junho de 2020, com o objetivo de consultar à população sobre o desempenho do prefeito em amplo aspecto, nas mais diversas áreas da administração pública municipal. No total, foram entrevistadas 785 pessoas, distribuídos proporcionalmente entre as sete macrorregiões do município (Centro, Sul, Norte, Noroeste, Oeste, Sudoeste e Leste).

Desde que a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a pandemia da Covid-19, causada pelo novo coronavírus, no dia 11 de março, o prefeito decretou, dois dias depois, situação em emergência de saúde pública. Por 15 dias, todos os eventos públicos, visitas a presídios e a paciente internados com diagnóstico de coronavírus foram suspensos.

Em seguida, baixou o primeiro decreto, suspendendo as atividades na administração do município, com exceção de serviços essenciais como saúde e assistência social. As aulas na rede municipal foram suspensas de imediato.

No dia 23 de março, Iris Rezende decretou situação de calamidade pública no município, quando a Capital já registrava 12 casos confirmados. Com a medida, aprovada posteriormente pela Câmara de Vereadores e Assembleia Legislativa, ficou permitida, por exemplo, a contratação temporária de servidores para a área da Saúde, assim como o remanejamento recursos para o setor, até 31 de dezembro de 2020.

Também permitiu à prefeitura a dispensa de licitação para comprar bens, serviços e insumos de saúde destinados ao enfrentamento da emergência e criou o Centro de Operações de Emergência em Saúde – Covid-19, coordenado pela Secretaria Municipal de Saúde, com a finalidade de monitorar a emergência, e para recomendar pessoas sintomáticas a não frequentarem locais públicos.

O prefeito criou ainda, em abril, a Central de Fiscalização Covid-19, coordenada pela Vigilância Sanitária do Município, composta por servidores de várias secretarias e agências, e também a Central Humanizada de Orientações sobre o coronavírus, que consiste num serviço de atendimento, via telefone ou chat online, para pessoas que apresentam sintomas da doença.

Ao mesmo tempo, a medida autorizou o prefeito a suspender os contratos temporários de mais de 3 mil servidores temporários de áreas não essenciais, a maioria na Educação. Gradualmente, com o aumento dos casos, outras ações tiveram que ser tomadas. Os serviços administrativos presenciais, em sua maioria, foram suspensos, com atendimentos apenas online.

Mesmo com o número de casos aumentando, a prefeitura iniciou um processo gradual de relaxamento das medidas de relaxamento das atividades comerciais, com a volta, por exemplo, de cultos religiosos, imobiliárias, mercado s públicos municipais, e outros, com regras de distanciamento, uso de máscara facial, disponibilização de álcool em gel.

Mas, na semana passada, teve que recuar, seguindo novo decreto do governador Ronaldo Caiado (DEM), instituindo quarentena intermitente, com 14 dias de fechamento das atividades econômicas no Estado, e 14 dias de abertura de todos os serviços.

O instituto de pesquisa ressalta que, diante do momento atual que a população está vivendo, foram observadas muitas das queixas das pessoas no que concerne à pandemia, basicamente em relação à economia, escalonamento e fechamento do comércio, ônibus lotados, e não a doença em si.

Entrevistados

Para a realização da pesquisa, o instituto FoxMappin estratificou os entrevistados por sexo, faixa etária acima de 18 anos e ocupação/nível econômico. A pesquisa foi feita por meio de entrevistas telefônicas e digitais, com formulário digital enviado a grupos específicos e segmentados, num total de 192 bairros que compõem o município.

A amostra representa o nível de confiança de 95,0% para uma margem estimada de erro de 3% para os resultados gerais, para mais ou para menos. (Especial para O Hoje) 


 

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