Segunda-feira, 08 de julho de 2024

Presidente do STJ concede prisão domiciliar ao prefeito do Rio Crivela

Marcelo Crivella será monitorado por tornozeleira eletrônica em casa; ministro alegou idade e risco de contaminação pelo Coronavírus | Foto: ABr

Postado em: 23-12-2020 às 12h25
Por: Nielton Soares
Imagem Ilustrando a Notícia: Presidente do STJ concede prisão domiciliar ao prefeito do Rio Crivela
Marcelo Crivella será monitorado por tornozeleira eletrônica em casa; ministro alegou idade e risco de contaminação pelo Coronavírus | Foto: ABr

O presidente do Superior Tribunal
de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins, concedeu hoje (22) prisão
domiciliar ao prefeito afastado do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella. Pela
decisão, Crivella será monitorado por tornozeleira eletrônica e está proibido
de manter contato com terceiros e de falar ao telefone. Ele também deverá
entregar aparelhos telefônicos, computadores e tablets às autoridades.

Na manhã de hoje, Crivella foi
preso por determinação da desembargadora Rosa Helena Penna Macedo Guita, da 2ª
Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A prisão do prefeito
e de outros investigados foi realizada em ação do Ministério Público do Estado
do Rio de Janeiro (MPRJ) e da Polícia Civil, como desdobramento da Operação
Hades, que apura corrupção na prefeitura da cidade e tem como base a delação do
doleiro Sergio Mizrahy.

Na decisão, o presidente do STJ
entendeu que Crivella pode cumprir medidas cautelares diversas da prisão. “Não
obstante o juízo tenha apontado elementos que, em tese, justifiquem a prisão
preventiva, entendo que não ficou caracterizada a impossibilidade de adoção de
medida cautelar substitutiva menos gravosa”, afirmou o presidente da corte.

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No habeas corpus, a defesa de
Crivella afirmou que a prisão é ilegal e uma demonstração de criminalização da
política. “A prisão foi decretada com base em presunções genéricas e abstratas,
desamparadas de qualquer base legal, sendo certo que o prefeito terá sua
inocência demonstrada no curso do processo.”, declararam os advogados.

Ao chegar à Cidade da Polícia
após ser preso, o prefeito atribuiu a sua prisão a uma perseguição política.
“Perseguição política. Lutei contra o pedágio ilegal e injusto, tirei recursos
do carnaval, negociei com o VLT. Foi o governo que mais atuou contra a
corrupção no Rio de Janeiro”, afirmou. (ABr)

 

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