Comunidade do xeroderma, em Araras (Faina), recebe atendimento gratuito

Médicos de Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais partirão rumo à localidade, neste sábado (18), a fim de realizar detecção do câncer de pele na ‘comunidade do xeroderma’

Postado em: 17-11-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Médicos de Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais partirão rumo à localidade, neste sábado (18), a fim de realizar detecção do câncer de pele na ‘comunidade do xeroderma’

Aproximadamente 200 famílias portadoras de xeroderma – um mal raro que aumenta em mais de mil vezes a chance de uma pessoa ter câncer de pele –, residentes em Araras, povoado pertencente a Faina – cidade do noroeste goiano – serão beneficiados com ações da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional Goiás (SBD-GO). Médicos de Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais partirão rumo à localidade, neste sábado (18), a fim de realizar detecção do câncer de pele na ‘comunidade do xeroderma’.

De acordo com o presidente da SBD-GO, Adriano Loyola, este é o segundo ano que o mutirão solidário beneficia a comunidade, que sofre com essa doença de pele rara. “Na primeira vez, atendemos quase 800 pessoas – famílias portadoras da doença mais a população ribeirinha e do entorno dessa comunidade”, diz o dermatologista, que avalia como positivo o resultado da ação.  “O atendimento foi muito bom: nós conseguimos detectar grande quantidade de pessoas com câncer; realizamos mais de 100 cirurgias, fizemos campanhas educativas. E o suporte vem sendo dado à população mensalmente: protetores solares, roupas, bonés e assistência médica são alguns dos benefícios”, enfatiza Loyola.

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Segundo o dermatologista, outro grande benefício foi a conquista da aposentadoria às pessoas dessa comunidade. “Praticamente todos os portadores de xeroderma da localidade são aposentados. Nós conseguimos que eles obtivessem a aposentadoria com pouca idade; vemos adolescentes, por exemplo, já aposentados”.

Segundo Loyola, é possível ver crianças de 8, 9 anos de idade com câncer de pele. E ele explica por quê: “A doença faz a replicação das células tumorais muito rapidamente. Isso ocorre pela exposição à luz, por esse motivo as famílias praticamente vivem da noite; eles não trabalham durante o dia (apenas bem cedo) por causa do sol. A cidade, durante o dia, é uma cidade ‘fantasma’.  

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