Filme ‘Bohemian Rhapsody’ lidera bilheteria nacional

Guilherme Melo  A cinebiografia do Queen Bohemian Rhapsody se manteve como líder da bilheteria nacional até esta última segunda-feira (12). Com uma

Postado em: 13-11-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Filme ‘Bohemian Rhapsody’ lidera bilheteria nacional

Guilherme Melo 

A cinebiografia do Queen Bohemian Rhapsody se manteve como líder da bilheteria nacional até esta última segunda-feira (12). Com uma queda de apenas 16% em relação à semana anterior, o filme fez R$ 7,9 milhões e agora soma, no país, R$ 21,0 milhões. No total, aproximadamente 1,2 milhão de brasileiros já conferiram a produção.

Continua após a publicidade

O filme conta a trajetória de Freddie Mercury (Rami Malek) e seus companheiros Brian May (Gwilyn Lee), Roger Taylor (Ben Hardy) e John Deacon (Joseph Mazzello), que mudaram o mundo da música para sempre ao formar a banda Queen, durante a década de 1970. Porém, quando o estilo de vida extravagante de Mercury começa a sair do controle, a banda tem de enfrentar o desafio de conciliar a fama e o sucesso com suas vidas pessoais cada vez mais complicadas.

Bohemian Rhaps chegou às telonas coberto de ‘nuvens negras’: foram nove anos de baixos e baixos assinalados até a estreia no último dia 24 de outubro – desde a polêmica sobre a escolha do ator para protagonizar Mercury à mudança de realizador a 15 dias antes de terminar a rodagem, passando pelo apontar de dedo sobre o fato de o primeiro trailer ignorar a homossexualidade de Freddie Mercury, às quase unânimes más avaliações sobre o filme após os primeiros visionamentos dedicados à crítica especializada.

Ainda que a trajetória da banda não seja tão romântica, é compreensível a escolha por algo mais brando. As festas, as drogas, o sexo e os escândalos não cabem na proposta de Bohemian, que se esforça para mostrar quão importantes os outros três membros do Queen foram para o sucesso de Mercury. O problema do roteiro está em não buscar entender o que fez não só Freddie, mas Bryan, Roger e John serem tão diferentes e terem marcado a história. Como o foco é o vocalista, os defeitos do filme ficam ainda mais evidentes, pois, quando a música baixa, ele se torna uma figura excêntrica, de dentes avantajados mas com pouquíssimo a dizer. A relação com os pais se resume à rejeição, algo que se bem explorado e além dos diálogos básicos de revolta adolescente traria uma noção de como o passado da família Balsara influenciou a vida de Farroukh (nome de batismo de Mercury).

Mas essas falhas não atrapalham o sucesso da obra de Singer, sendo impossível não cantarolar ou batucar ao longo do filme. Os clássicos do Queen estão ali, e para qualquer curioso é interessante ver os bastidores de um grupo tão icônico – ainda que eles sejam limpos, chapa branca e apenas tocam a superfície dos perigos de uma vida no estrelato. Por outro lado, para um longa que se presta a contar a história de uma banda que desafiou o sistema da música, na época, quebrou paradigmas e incomodou tanta gente, Bohemian Rhapsody se garante e soa juvenil. É uma diversão sem compromisso, talvez por não levantar tantas expectativas, consegue atrair vários públicos.

Bilheteria nacional 

Grinch, animação infantil dublada por Lázaro Ramos, estreou na segunda colocação da bilheteria naconal. Com 304 mil espectadores, o filme arrecadou quase R$ 5 milhões. Na sequência, ficaram O Quebra-Nozes e os Quatro Reinos e Halloween, que fizeram R$ 2,4 milhões e R$ 1,7 milhão, respectivamente.

Millennium: A Garota na Teia de Aranha fechou o quinto lugar. Também estreante nesta semana, a produção teve bilheteria de estreia estimada em R$ 1,6 milhão e cerca de 88 mil espectadores. O longa anterior centrado na personagem Lisbeth Salander, Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres, levou o dobro de pessoas aos cinemas na época do seu lançamento, em 2012.

Veja Também