Cães e gatos também passam pela adolescência, explica especialista

Preguiça, desobediência e desejo de liberdade são algumas das características desse período após a infância para as crianças, mas cães e gatos também apresentam os mesmos sintomas

Postado em: 11-06-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Preguiça, desobediência e desejo de liberdade são algumas das características desse período após a infância para as crianças, mas cães e gatos também apresentam os mesmos sintomas

Da Redação

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Acredite: animais também têm adolescência e passam por essa fase
difícil com rebeldia. Preguiça, desobediência e desejo de liberdade são algumas
das características desse período após a infância para as crianças, mas cães e
gatos também apresentam os mesmos sintomas.
O médico veterinário
Cleiton Rupolo, especialista de uma indústria de alimentos para pets, explica o
que ocorre nessa fase e de que forma os tutores devem agir para garantir
bem-estar ao animal.

Cães

Tal e qual acontece com as crianças, os cães também saem da
infância para aquela mais conhecida como “fase da rebeldia”. Além das mudanças
físicas, alterações comportamentais acontecem e saber como lidar nesse período
é muito importante.

“A adolescência de um cão surge no começo dos seis meses de idade
e vai até os 18 meses, no máximo. A produção maior de hormônios acarreta nas
mudanças de interesses e podem complicar a relação dos pets com seus tutores”,
explica. Mas, afeto e determinação vão auxiliar a passar etapa de forma
tranquila e feliz com seu pet.

Nessa fase, o treinamento do cachorro requer mais paciência,
consistência e persistência. “É bom que todos utilizem as mesmas palavras de
comando e compreendam que tudo o que o animal aprender agora, vai levar para a
fase adulta”, acrescenta. Quando o cão já é adestrado, pode acontecer dele não
obedecer como antes, por isso, a paciência é o segredo da comunicação
eficiente. “A fase da adolescência não é fácil para o animal e a rebeldia vai
passar com o tempo”, diz.

Além disso, o cachorro pode ficar mais corajoso e instigado a
novas descobertas. O ideal é não abrir mão da coleira na hora do passeio, por
exemplo, principalmente porque eles desejarão explorar novos lugares e há
perigos iminentes se o pet sair correndo pela rua. “O animal adolescente pode
desejar a presença de outros companheiros, mas as brincadeiras não devem passar
do limite. Muitas fêmeas, por exemplo, não aceitarão a companhia de outras fêmeas
– o que pode gerar confrontos”, alerta Dr. Rupolo.

Os machos costumam se interessar pelas fêmeas nesse período e
também tendenciam a marcar o território, o que também pode gerar brigas com
outros machos. Todo cuidado é pouco. “Não se esqueça de deixar sempre claro
quem é o líder, mas evite punições, gritos e xingamentos – isso só afasta seu
cãozinho de você. Afeto é sempre a melhor forma lidar com a rebeldia do
seu pet”, avalia.

 Gatos

Aprender e brincar são os lemas de um gato adolescente. Além de
mais carinhoso, o pet nessa fase da vida é cheio de energia e precisa se
divertir bastante para gastar tudo isso. Ao mesmo tempo, os felinos também
costumam dormir mais do que quando eram filhotes. “Portanto, não estranhe se o
animal descansar por 15 ou 16 horas no dia”, diz o especialista.

Dr. Rupolo também alerta para os incômodos de móveis estragados.
“Se você não deseja ter sofás e poltronas arranhadas, o ideal é investir em um
arranhador, pois o gatinho adolescente é extremamente curioso e qualquer ambiente
pode ter coisas interessantes e atrativas para afiar as unhas”, sugere.

Apesar das brincadeiras ainda
serem a grande atração do gato adolescente, outra questão importante é a
demarcação do território – feito tanto por machos como pelas fêmeas. “O xixi fora
da caixa de areia é a forma mais comum do animal demonstrar que aquele ambiente
é dele e de mais ninguém”, diz.

 A castração é a forma mais segura
de evitar esse comportamento – além de ser importantíssimo para a saúde do
felino. Uma gata no cio pode incomodar os vizinhos e é muito desconfortável
para o bichano. Por isso, é sempre indicado pedir orientação sobre o
procedimento com um veterinário de confiança. “Tendo em vista que a
superpopulação de animais domésticos é um caso de saúde pública, a castração
auxilia a evitar o abandono de filhotes, impede as ninhadas não desejadas e
prolifera a cultura da posse responsável”, diz.

 “Independente de o seu
companheiro ser filhote, adolescente, adulto ou idoso, seja paciente e afetuoso
com ele. Há muitos mitos em torno dos gatos, um deles é de que não são tão
apegados às pessoas”, completa o especialista. Porém esses animais também
sentem-se acolhidos, cuidados e seguros quando estão com seus tutores. Um
gatinho adolescente só precisa de atenção e interação para que cresça saudável
e se torne um adulto feliz.

 

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