Segunda-feira, 08 de julho de 2024

Goiânia dá início a vacinação de profissionais da segurança pública

De acordo com servidor da SSP, serão contemplados com a imunização os servidores ativos com mais de 51 anos | Foto: reprodução

Postado em: 29-03-2021 às 17h15
Por: Redação
Imagem Ilustrando a Notícia: Goiânia dá início a vacinação de profissionais da segurança pública
De acordo com servidor da SSP, serão contemplados com a imunização os servidores ativos com mais de 51 anos | Foto: reprodução

João Gabriel Palhares

Na manhã desta segunda-feira (29/3) os profissionais das forças de segurança pública começaram a ser vacinados contra a Covid-19. A imunização que está sendo realizada na Academia de Polícia Militar, em Goiânia, contou hoje com a presença do Governador do Estado, Ronaldo Caiado. A inclusão dos profissionais no grupo prioritário foi considerada após um estudo da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP) sobre o grau de exposição da categoria.

De acordo com a atualização da SSP, na última sexta-feira (26/3), desde o início da pandemia 4.295 profissionais já foram acometidos pelo coronavírus. A taxa de contágio é superior a 18%, quase o triplo se comparada com a população em geral. Caiado, ressaltou durante o evento, sobre o papel do Centro de Emergências de Goiás (COE-GO) na aprovação da imunização das tropas. “Nossas forças de segurança e também o salvamento foram duramente penalizados com percentual de contaminação e, infelizmente, o número de óbitos chegou a 47”, ressaltou o governador. 

Continua após a publicidade

Um dos servidores do Grupo de Operações Penitenciárias, o policial penal Jânio Carmo afirmou estar bem mais animado agora. Segundo ele, após receber a primeira dose da vacina as esperanças foram renovadas. “Muitos colegas ficaram doentes. Uns com sintomas mais leves e outros, como o Rodolfo, vieram a falecer. Não esqueço isso. É muito ruim ver colegas e familiares passando por isso”, lamentou.

A superintendente da Polícia Federal, Cassandra Ferreira Alves, classificou essa inclusão das forças de segurança no calendário de imunização como uma “vitória coletiva”. “Estávamos com um peso enorme de permanecer em atividade. Não é possível realizar trabalho de casa, por telefone, por computador, a gente precisa estar na rua, nossas equipes são mobilizadas constantemente.” 

De acordo com o titular da SSP-GO, Rodney Miranda, a primeira fase da vacinação deve imunizar 1.250 profissionais em Goiânia e cerca de 5 mil em todo o Estado. Para Rodney, os profissionais que estão atuando na linha de frente serão imunizados dentro de quatro semanas. Já os servidores da reserva serão vacinados no calendário normal. O secretário da Saúde, Ismael Alexandrino, garantiu que a ação não vai interferir no andamento do calendário para idosos. “Ninguém será prejudicado. Goiânia, por exemplo, já conseguiu abaixar para 66 anos de idade e, se Deus quiser, vamos abaixar dia a dia até chegarmos a 60 nos próximos 15 dias”, salientou. 

Limitações

Anterior ao início da vacinação, na tarde de sábado (27/3), o Ministério Público de Goiás (MP-GO), em conjunto com a 53ª, 82ª e 87ª Promotorias de Justiça entrou com um pedido de liminar requerendo que apenas os policiais e guardas civis que atuam em atividades operacionais sejam vacinados. 

Na ação é citado sobre a Comissão Intergestores Bipartite (CIB) aprovar a destinação de 5% das vacinas contra a Covid-19 para a imunização de “trabalhadores das forças de segurança pública e salvamento, incluindo a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Guardas Civis Municipais, que se encontram em atividade, em ordem decrescente de idade”. Citam também que a Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-GO) já fez o chamamento de todos os policiais militares da ativa para o início da vacinação, agendada para a próxima segunda-feira (29/3)”.

Com as exposições, os promotores requerem à Justiça a limitação da vacinação apenas aqueles que atuam em atividades operacionais, em contato direto com a população. De acordo com eles, seguindo em acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), diante da escassez de vacinas, é necessário se priorizar os grupos de maior risco para agravamento e óbito, ou seja, os com menor resistência ou com maior exposição à doença.

Veja Também