Cerca de 7% da população não desenvolve todos os dentes
Especialista afirma que a falta de um ou mais dentes está ligada a hereditariedade e a certos tipos de síndromes
Por: Sheyla Sousa
A agenesia dental caracteriza-se pela ausência congênita de dentes, acometendo cerca de 5% a 7% da população, sendo mais prevalente na dentição permanente. Em alguns casos, o mal pode estar associado a certas síndromes, como à de Down, por exemplo.
Geralmente causada por uma deficiência genética e, apesar de pouco conhecida, é uma anomalia bastante comum de ocorrer, e deve ser diagnosticada, ainda na infância, para assim proporcionar um tratamento adequado.
O dentista Leonardo Lara alerta que, quando a falta de dentes ocorre com o dente de leite, o diagnóstico pode ser tardio, uma vez que os dentes da criança não nascem de uma vez só, o que dificulta a percepção da ausência de algum deles. “Sua origem pode ser em decorrência de uma falha na proliferação da lâmina dental, que é o tecido que forma os dentes”, explica.
Leonardo explica que a principal causa responsável é mesmo a hereditariedade, o que torna difícil qualquer manobra de prevenção. “Mas fatores extragenéticos, como disfunção endócrina das glândulas tireoides, trauma local, medicação anticonvulsivante, podem ser considerados. A agenesia ocorre mais com os segundos pré-molares inferiores, seguidos pelos incisivos laterais superiores e os segundos pré-molares superiores”, comenta.
Tratamentos
O dentista afirma que existem algumas alternativas de tratamentos para quem nasce ou tem falta de algum dente. Uma delas é o aparelho ortodôntico que pode ajudar a alinhar melhor a dentição e corrigir a oclusão. Já se o espaço resultante da falha for pequeno pode ser realizado o aumento das coroas dos dentes vizinhos através de resinas da cor do dente. “As próteses e os implantes são tratamentos também bastante rápidos, permanentes e satisfatórios”, garante. Ele defende que a dentição é um assunto muito importante e requer cuidados desde os primeiros meses.