Treinador da nova geração, Leandrão se inspira em nomes consagrados do futebol brasileiro para ter sucesso

Nas últimas temporadas, surgiram vários treinadores da nova geração no futebol brasileiro. E um deles é o ex-atacante Leandrão, que passou pelo Vila Nova, em 2010, e encerrou sua carreira há três anos, quando estava no Boavista, do Rio de Janeiro.

Postado em: 04-05-2022 às 12h15
Por: Breno Modesto
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Nas últimas duas temporadas, Leandrão esteve à frente do Boavista, do Rio de Janeiro | Foto: Arquivo pessoal

Nas últimas temporadas, surgiram vários treinadores da nova geração no futebol brasileiro. E um deles é o ex-atacante Leandrão, que passou pelo Vila Nova, em 2010, e encerrou sua carreira há três anos, quando estava no Boavista, do Rio de Janeiro. De lá para cá, o profissional, que já tinha o interesse em ser comandante, passou a buscar uma preparação para a nova função, que começou no ano passado, no próprio time carioca.

Admirador da parte tática, Leandrão conta que começou a cursar Educação Física assim que pendurou as chuteiras e que, a admiração pelas partes técnica e psicológica, também foram importantes e fundamentais para que ele tomasse a decisão.

Ainda tenho uma carreira ainda curta como treinador, mas eu já me preparava antes mesmo de parar de jogar futebol. Comecei a cursar Educação Física e, logo que encerrei a carreira (como jogador), comecei a fazer os cursos para ser treinador. Optei por ser treinador porque sempre me interessei pela área. Sempre fui um admirador da parte tática, técnica e psicológica, que são áreas que dou muita importância dentro da profissão de treinador”, disse Leandrão.

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Apesar de ser um iniciante na profissão, Leandrão traz, da carreira como atleta, a experiência de ter trabalhado com grandes treinadores do futebol brasileiro, como Carlos Alberto Parreira, que levou a Seleção Brasileira ao Tetracampeonato Mundial, em 1994, nos Estados Unidos. Segundo o treinador, são grandes referências e que deram a ele um aprendizado para ingressar na profissão.

“Na minha opinião, temos ótimos treinadores no Brasil. E eu trabalhei com grandes deles, como Abel Braga, Carlos Alberto Parreira, Muricy Ramalho, Levir Culpi, Tite. Como atleta, fiz minha base no Internacional. Então, trabalhei como Lisca e com o Mano Menezes, que são ótimas referências e me deram muito aprendizado”, comentou o treinador.

Nos últimos anos, os clubes brasileiros passaram a buscar alternativas diferentes para seus comandos técnicos. E, desde o sucesso recente de Jorge Jesus à frente do Flamengo, em 2019, Portugal passou a ser o alvo preferido das equipes brasileiras. Leandrão enxerga com bons olhos a vinda de estrangeiros para o país, mas ressalta que o futebol brasileiro também conta com ótimos treinadores.

“(Vejo) com bons olhos (a chegada de técnicos europeus no Brasil), mas depende muito do treinador. Acho que nós temos treinadores à altura dos europeus que estão chegando no futebol brasileiro. Mas há espaço para todos. É claro que isso vai muito do nosso trabalho. Temos que mostrar trabalho, métodos novos, variações táticas e uma coisa que eu vejo nos treinadores europeus, que chegam e controlam o clube como um todo. Temos que ter essa visão. Saber gerir um time. Isso é muito importante”, analisou Leandrão.

Por fim, Leandrão também falou a respeito do gosto pelos jogos europeus. De acordo com ele, partidas da Europa servem como exemplo para seus atletas, já que ele gosta de mostrar vídeos e explicar a parte tática, que muitos jogadores acham chata, mas que é de suma importância dentro de um jogo.

“Gosto, sim (de ver jogos do futebol europeu). Não que os times europeus tenham um estilo muito diferente dos nossos. Um dos méritos do estilo de jogo futebol europeu é a qualidade individual (dos jogadores) que os clubes têm. É mais fácil para o treinador montar um esquema tático com jogadores que são nota 7, 8, 9 ou 10. E eu vejo jogadores com base e conhecimento tático completamente diferente dos brasileiros. Mas isso está mudando. Os brasileiros estão começando a se interessar pelaa parte tática do jogo e, com isso, aprimoram a tática/técnica nos treinos e potencializam nos jogos. Gosto de mostrar (os jogos) aos meus atletas, de explicar a parte tática, que eu sei que é chata, mas é necessária no futebol atual”, finalizou Leandrão.

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