Livre no mercado, Bruno Tiago vive a expectativa de retornar ao futebol brasileiro após 12 anos atuando fora

Depois de passagens pelo futebol mexicano e pelo costarriquenho, o meia brasileiro mira seu retorno ao Brasil

Postado em: 11-04-2023 às 17h13
Por: Breno Modesto
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O último clube de Bruno Tiago foi o Pérez Zeledón, da Costa Rica, onde ele estava desde 2021 | Foto: Arquivo pessoal

Sem clube desde o início do ano, quando deixou o Pérez Zeledón, da Costa Rica, o meia Bruno Tiago, de 34 anos, aproveita a família enquanto não acerta com um novo time. O jogador, que começou sua carreira profissional no futebol maranhense, estava atuando fora do Brasil desde 2015, quando foi para o México. A única exceção nestas últimas temporadas foi a de 2021, quando ele vestiu a camisa do Boavista, do Rio de Janeiro.

De volta ao Brasil, Bruno Tiago faz um balanço de suas passagens pelo futebol mexicano e costarriquenho. O jogador começa pelo México, onde atuou em três equipes diferentes. Mas foi pelo Cafetaleros que ele mais se destacou. Por lá, foram mais de 100 jogos. De acordo com o meia, os torcedores do clube ainda têm muito carinho por ele. Assim, ele classifica como “grande felicidade” a sua passagem por lá.

“Foram cinco anos no Cafetaleros. Foi uma linda História. Os torcedores têm muito carinho até hoje, e a recíproca é verdadeira. Fui campeão lá e fiz mais de 100 jogos com a camisa do clube. Inclusive, meu centésimo jogo foi contra o eterno ídolo argentino (Diego) Maradona. Para mim, foi uma grande felicidade completar uma marca dessa na minha carreira e, depois do jogo, conversar com ele, que tinha um carinho e amor gigantesco pelos brasileiros”, disse Bruno Tiago.

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Ainda sobre sua passagem pelo futebol mexicano, Bruno lembra de quando o treinador Carlos de los Cobos mudou sua posição de meia ofensivo para volante. Mesmo sem ter feito esta função antes, o brasileiro teve de se adaptar ao novo posicionamento e garante que isto o ajudou bastante, principalmente em seu crescimento profissional.

“Sempre tive a facilidade de chegar a um clube para agregar. Mas o fato mais curioso foi no México. Eu cheguei como meia ofensivo, mas o técnico Carlos de los Cobos me chamou para conversar e disse que me trocaria de posição, porque ele gostava de ter alguém para sair jogando, para criar saídas de bola. E, como o time não tinha alguém assim, ele me levou para trás. Fiquei assustado e disse que nunca tinha jogado como um camisa 5. Tive de me adaptar. Não foi fácil, mas me ajudou muito em meu crescimento”, lembrou o brasileiro.

Sobre o tempo em que esteve na Costa Rica, Bruno Tiago conta que atuou de uma maneira mais ofensiva, como costumava jogar no início de sua carreira. Por lá, ele diz que chegou com a missão de livrar o Pérez Zeledón do rebaixamento e, mesmo com poucas rodadas restando para o término do campeonato nacional, conseguiu fazer com que o clube escapasse da queda.

“Na Costa Rica, com o técnico Marvin Villatoro, eu já tinha mais liberdade dentro de campo. Joguei como terceiro homem mais ofensivo. Cheguei através dele no Pérez Zeledón. O time estava na zona de rebaixamento, em último com uma diferença de oito pontos (para sair da zona de rebaixamento) e faltavam nove jogos. Conseguimos o seu principal objetivo, que era livrar o time da segunda divisão do campeonato da Costa Rica”, comentou Bruno Tiago.

Outra passagem de destaque que Bruno Tiago teve em sua carreira foi no Botafogo. O jogador lembra que, devido às boas atuações com a camisa alvinegra, chegou a receber uma proposta para se transferir para o Atlético de Madrid, da Espanha. No entanto, por conta do desejo de fazer história no Glorioso, acabou recusando e permanecendo no Brasil.

“Considero que a minha passagem pelo Botafogo também foi boa. Cheguei em 2010 e a minha estreia foi em um empate contra o Corinthians, que tinha um elenco muito forte, com Roberto Carlos, Ronaldo Fenômeno, Paulinho, Tcheco e outros grandes jogadores. Na temporada seguinte, fiz um o (campeonato) estadual muito bom e cheguei a receber uma proposta do Atlético de Madrid. Mas, como estava bem adaptado ao clube, estava feliz e eu tinha um sonho de me tornar um ídolo do Botafogo, acabei recusando a proposta. Eu olhava os ídolos no mural do clube e queria seguir a trajetória deles dentro do Glorioso”, contou o meia.

Por fim, Bruno Tiago deixa claro que, depois de 12 anos atuando longe do Brasil, pretende ficar por aqui. O atleta revela que já foi procurado por treinadores que estiveram com ele ao longo da carreira, mas que, atualmente, seu desejo é estar perto de sua mãe e de seus filhos. Além disso, ele garante que a equipe que o contratar pode esperar muita entrega dentro de campo.

“Fiz minha carreira quase toda no futebol internacional. Foram 12 anos (fora do Brasil). Hoje, pretendo ficar no Brasil. Já tive convites para voltar para outros países, com treinadores com quem já trabalhei. Mas quero voltar (para o futebol brasileiro). Quero estar perto da minha mãe e dos meus filhos. O clube que me contratar pode esperar muita entrega da minha parte. Sempre fui de agregar muito dentro e fora de campo. Por onde eu passei, sempre tive essa liderança positiva, com muito empenho, trabalhos, dedicação e respeito com a instituição e jogadores”, finalizou Bruno Tiago.

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