Primeira reunião do governo Temer define cortes em pastas

Ajuste atingirá também empresas públicas e até bancos estatais, mas ainda não há estimativa de quanto será economizado

Postado em: 14-05-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Ajuste atingirá também empresas públicas e até bancos estatais, mas ainda não há estimativa de quanto será economizado

O governo do presidente da República interino Michel Temer (PMDB) pretende extinguir quatro mil cargos comissionados até o fim do ano, mil a mais do que o corte anunciado pela presidente afastada Dilma Rousseff em outubro do ano passado. A informação foi divulgada pelo ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Romero Jucá, na primeira entrevista coletiva de ministros do governo.

O presidente interino realizou ontem (13) a primeira reunião ministerial para discutir as medidas do governo, que deverão ser anunciadas na próxima semana. O encontro, no Palácio do Planalto, foi fechado à imprensa. Com o afastamento de Dilma Rousseff, Temer assumiu, por até 180 dias, o comando o País e já deu posse aos novos 23 ministros.

Na oportunidade, Jucá afirmou que todos os 51 diferentes métodos de contratação previstos hoje no arcabouço legal do governo serão revistos, entre cargos comissionados e funções gratificadas, com o objeto de reduzir e simplificar as regras. “Isso não resolve a questão do gasto público e da meta de déficit fiscal, mas é um posicionamento que o governo deve tomar como exemplo para a sociedade”, disse o ministro.

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Para facilitar os cortes, o presidente em exercício Michel Temer solicitou aos ministros recém-empossados que preencham apenas 75% dos postos de livre provimento a que têm direito em seus ministérios. O governo interino não deu uma estimativa de quanto será economizado com o corte de cargos, que, segundo Jucá, abrangerá também as empresas públicas, entre elas os bancos estatais.

Ajuste

De acordo com Jucá, o montante que se pretende economizar “será anunciado no momento certo”. “Existem cargos diferentes, com valores diferentes, situações diferentes. E, se nós pudermos passar dos 4 mil cargos, nós passaremos dos 4 mil cargos”, acrescentou o ministro.

O ministro afirmou que o governo interino honrará os projetos de reajuste salarial de servidores que foram enviados ao Congresso pelo governo afastado, respeitando os acordos alcançados em negociações. Jucá acrescentou, no entanto, que sete projetos enviados na quinta-feira (12) ao Congresso, pouco antes de Dilma Rousseff ser intimada de seu afastamento, serão revisados antes de ter prosseguimento.“Uma posição sobre esses novos projetos será dada posteriormente, levando em conta a realidade das carreiras, o que foi negociado”, afirmou. (Agência Brasil) 

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