Gilberto Marques Filho assume presidência do Tribunal de Justiça

Desembargador comandará o Tribunal de Justiça pelos próximos dois anos com a missão de apaziguar os ânimos com servidores e modernizar os serviços judiciais

Postado em: 02-02-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Desembargador comandará o Tribunal de Justiça pelos próximos dois anos com a missão de apaziguar os ânimos com servidores e modernizar os serviços judiciais

Mardem Costa Jr.

O desembargador Gilberto Marques Filho tomou posse como novo presidente do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) no biênio 2017-2019 em solenidade realizada ontem (1º) à tarde no Plenário da Corte Especial. Na oportunidade também tomaram posse os desembargadores Beatriz Figueiredo Franco e Walter Carlos Lemes, respectivamente vice-presidente e corregedor-geral da Justiça.

Gilberto substitui Leobino Valente Chaves, que administrou o TJ nos últimos dois anos. No último discurso como comandante do Judiciário goiano, Chaves fez um balanço do mandato, ressaltando o cumprimento de 90% das metas estabelecidas pelo Plano de Gestão Estratégica, a informatização dos processos judiciais, a nomeação de juízes para superir a vacância das comarcas, sobretuno nas regiões Norte e Nordeste de Goiás e a construção e ampliação de fóruns em todo o Estado, com destaque para o novo Fórum Cível de Goiânia, na região Norte da capital.

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A posse foi iniciada com cerca de trinta minutos de atraso e contou com a presença de várias lideranças políticas e judiciárias goianas, entre elas o governador Marconi Perillo (PSDB), os prefeitos Iris Rezende (PMDB) e Gustavo Mendanha (PMDB) – gestores de Goiânia e Aparecida de Goiânia, respectivamente, o procurador-geral do Estado, Lauro Machado, o presidente da seccional goiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Lúcio Flávio de Paiva e as ministras Laurita Vaz, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), e Delaíde Alves Miranda Alves, do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Missão

O novo presidente do Tribunal de Justiça elencou como prioridade inicial de sua gestão a valorização dos servidores do Poder Judiciário, prestes a entrar em greve em razão demora na aprovação do projeto de lei referente à data-base da categoria na Assembleia Legislativa e ainda sobre o pagamento das diferenças salariais relativas à conversão de valores de cruzeiros reais para a Unidade Real de Valor (URV) em 1994.

“Tenho um carinho pelos servidores e me encontrarei nos próximos dias com o governador Marconi Perillo e com os presidentes sindicatos de servidores e oficiais de justiça. Vamos contornar essa crise e superá-la se Deus quiser”, disse. O magistrado negou ainda a possibilidade de juízes participarem da eleição para presidente do TJ, hoje restrita aos desembargadores. “Acho que esse assunto esfriou. Não vejo mais movimento algum nesse sentido. Imaginei ser candidato por eleição direta, mas não fugiria a luta em disputá-la, por ter um bom convívio com os colegas de 1º e 2º graus”, pontua.

A austeridade também foi lembrada pelo novo presidente, que lembrou das dificuldades éticas e financeiras enfrentadas pelo Brasil, que segundo ele, comprometem de forma incisiva a Administração Pública. “Sou um homem que não foge à luta, aceito os desafios, e por isso, afirmo que este cenário não nos impedirá de superar os obstáculos, pois buscaremos mecanismos alternativos, já que é justamente na crise que o potencial criativo do gestor deve vir à tona, com direção firme e precisa do leme”, assevera. 

Presidente já ocupou vários cargos no TJ 

Natural de Buriti Alegre e magistrado há mais de quarenta anos e desembargador desde 2002, Gilberto Marques Filho formou-se em Direito pela Universidade Federal de Goiás (UFG) em 1974. Dois anos depois, após concurso, tornou-se juiz em Ivolândia, e em seguida, Guapó. 

No ano de 1987, Gilberto atuou no Juizado da Infância e Juventude, no 1º Juizado Especial Cível e na Vara de Assistência Judiciária em Goiânia. O magistrado foi nomeado diretor do Foro de Goiânia em 2001. Dez anos depois, foi eleito vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO) e corregedor regional eleitoral, tendo assumido a presidência do TRE em 2012.

Três anos depois, em 2015, Gilberto Marques Filho foi eleito corregedor-geral da Justiça de Goiás, tendo implementado várias medidas de modo a modernizar a prestação de serviço jurisdicional e a redução da taxa de congestionamento dos processos a serem julgados pelo Judiciário goiano.

O magistrado foi eleito presidente do Tribunal de Justiça de Goiás no último dia 25 de novembro de 2016 em chapa única. Ele teve 26 votos dos 36 desembargadores que compõem o órgão. O mesmo pleito elegeu Beatriz e Walter, que também terão mandato até 2019. 

 

 

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