“Isso está suspenso”, afirma Bolsonaro ao suspender reajuste salarial para policiais

O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem até a amanhã (21/1) para sancionar o Orçamento de 2022, que reserva R$ 1,736 bilhão para que o governo federal realize uma reestruturação no funcionalismo público. Na última quarta-feira (19/1), Bolsonaro disse que ainda não decidiu quais categorias do serviço público terão reajuste salarial neste ano e que suspendeu o aumento prometido a policiais.

Aprovado pelo Congresso Nacional em dezembro de 2021, esse valor foi incluído na versão final do projeto de lei do Orçamento para atender apenas servidores da PF (Polícia Federal), da PRF (Polícia Rodoviária Federal), da Polícia Penal e do Depen (Departamento Penitenciário Nacional).

Bolsonaro disse que sua vontade era aumentar os salários dos policiais, mas que no momento, “isso está suspenso”. Ele afirmou que “nossa folha é superior a R$ 300 bilhões. Você pega R$ 2 bilhões, é menos de 1%. Se for diluir para todos, dá menos de 1% o valor [do reajuste]. Há uma grita de maneira geral, porque a intenção inicial foi essa, sim, reservar algum reajuste para policiais federais, policiais rodoviários federais e o pessoal do Depen. Então, isso está suspenso”.

A intenção do governo de priorizar os policiais irritou outras categorias do funcionalismo público, que também reivindicaram reajuste nos seus salários e iniciaram movimentos de greve como forma de protesto, com muitos servidores entregando o cargo.

O presidente disse que não quer “cometer injustiça perante o servidor público”, mas garantiu que nem todos serão contemplados. “O tempo vai dizer como a gente vai decidir. Reconheço o trabalho dos servidores, que merecem reajuste, mas não tem folga no Orçamento para o corrente ano”, destacou.

Segundo ele, é possível um reajuste amplo no Orçamento de 2023. “Conversei sobre o Orçamento do ano que vem, mas, obviamente os servidores serão contemplados com o reajuste salarial merecido”.