Ministro da Saúde diz que Brasil vai acelerar produção de vacina contra zika

Vacina foi desenvolvida por meio de cooperação entre o Instituto Evandro Chagas, as universidades do Texas e de Washington e o Instituto Nacional de Saúde

Postado em: 26-09-2017 às 17h50
Por: Victor Pimenta
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Vacina foi desenvolvida por meio de cooperação entre o Instituto Evandro Chagas, as universidades do Texas e de Washington e o Instituto Nacional de Saúde

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, disse hoje (26), em
Washington, que o governo brasileiro quer acelerar a Fase 3 da vacina contra o
vírus zika, que é a de produção para testes em humanos.

Barros conversou com o secretário de Saúde dos Estados
Unidos, Tom Price, sobre a agilização no processo de desenvolvimento do banco
de células máster, usado na produção da vacina. Isso deve ocorrer por meio de
contrato entre a empresa GE Healthcare e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz),
que, no futuro, deve ser responsável direta pela produção.

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A vacina foi desenvolvida por meio de cooperação entre o
Instituto Evandro Chagas, as universidades do Texas e de Washington e o
Instituto Nacional de Saúde. Testes em macacos e camundongos já foram
finalizados e, segundo o ministro, tiveram resultados “muito positivos”.

“Como a Fiocruz não tem no momento a estrutura necessária
para desenvolver o banco de células máster, ela está contratando essa empresa
para fazer o desenvolvimento aqui para acelerar o processo de produção da
vacina”, explicou Barros. A previsão do ministro é que vacina esteja disponível
para a população em dois anos.

Mais médicos

Ricardo Barros encontrou-se também com os ministros do Haiti,
de Cuba, do Equador e do Canadá. Com o representante cubano, Ricardo Barros
falou sobre o programa Mais Médicos. Segundo o ministro, o governo de Cuba
demonstrou preocupação com o número de médicos que estavam entrando na Justiça
do Brasil para permanecer no país ou para receber o salário diretamente, e não
por meio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), como é feito atualmente,
mas, segundo ele, o governo tem recorrido das decisões. “O governo brasileiro
tem apoiado esse convênio”, afirmou o ministro.

Segundo ele, foram cerca de 150 ações dos médicos cubanos,
mas “o Brasil tem recorrido e tem tido sucesso em derrubar eventuais liminares
conseguidas por esses profissionais para permanecer no Brasil fora das
condições do acordo desse convênio com a Organização Pan-Americana da Saúde
[OPAS]”. Médicos que atuam no Brasil não podem exercer diretamente a profissão
sem fazer o Revalida, o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos.

O Brasil teve 11.400 médicos cubanos contratados no Programa
Mais Médicos até o fim do ano passado. Em outubro deste ano, depois de uma
reunião entre Opas, Brasil e Cuba, deve ser definido o número que será mantido
no convênio, que, segundo o ministro, deve ficar em torno de oito mil. Até o
final do convênio, em 2019, a meta é que o número chegue a 7.400 O programa tem
um total de 18 mil médicos, contando brasileiros e profissionais de outras
nacionalidades.

A ideia é aumentar o número de médicos brasileiros, tanto
formados no exterior quanto no Brasil. “Isso depende do comparecimento dos
médicos brasileiros nos editais que fazemos e da nossa capacidade de substituir
os cubanos. Se não houver apresentação de profissionais, nós elevaremos o
número previsto, mas, por enquanto, estamos caminhando com determinação para
cumprir o acordado”, afirmou o ministro.

Ricardo Barros informou que hoje, 4.600 dos médicos
selecionados pelo programa são formados no Brasil. 

Fonte: Agência Brasil. (Foto: Reprodução)

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