“Preparado para matar ou morrer”, diz bolsonarista autuado por terrorismo

Ele foi preso no último sábado (24/12) com um arsenal no apartamento em que estava hospedado

Postado em: 26-12-2022 às 09h43
Por: Luan Monteiro
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Ele foi preso no último sábado (24/12) com um arsenal no apartamento em que estava hospedado | Foto: Reprodução

O bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, 54 anos, suspeito de armar uma bomba em um caminhão de combustível em Brasília, disse, em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) que estava “preparado para matar ou para morrer”.

Ele foi preso no último sábado (24/12) com um arsenal no apartamento em que estava hospedado. Em depoimento, ele afirmou que foi à Brasília “preparado para guerra” e que aguardava “convocação do Exército”. O suspeito também afirma ser um “defensor da liberdade”.

Ainda em seu depoimento, o bolsonarista disse que “pegou em armas para derrubar o comunismo”. Ele também confessou a intenção de distribuir as armas à manifestantes que estão acampados em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília.

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“A minha ida a Brasília tinha como propósito participar dos protestos que ocorriam em frente ao QG do Exército e aguardar o acionamento das Forças Armadas para pegar em armas e derrubar o comunismo. A minha ideia era repassar parte das minhas armas e munições a outros CACs [caçadores, atiradores e colecionadores] que estavam acampados no QG do Exército assim que fosse autorizado pelas Forças Armadas”, disse em depoimento à polícia.

O homem viajou do interior do Pará para Brasília em uma caminhonete transportando duas escopetas de calibre 12; dois revólveres calibre 357; três pistolas; um fuzil calibre 308; mais de mil balas de diversos calibres e cinco bananas de dinamite.

O homem teria armado uma bomba em um camihão que carregava querosene de aviação com intenção de que o artefato explodisse no Aeroporto de Brasília. Em depoimento, ele afirmou que, a princípio, o plano era explodir uma bomba em uma transmissora de energia da capital federal para afetar a distribuição.

“Uma desconhecida sugeriu que fosse instalada uma bomba na subestação de energia em Taguatinga, para provocar a falta de eletricidade e dar início ao caos […]. O plano não evoluiu porque ela não apresentou o carro para levar a bomba até a transmissora de energia”, revelou.

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