Camila Rosa é cotada para a vice de Vilmar Mariano em Aparecida

Ao O HOJE, vereadora disse que trabalha por reeleição, mas não descarta unir forças na majoritária

Postado em: 23-06-2023 às 07h30
Por: Felipe Cardoso
Imagem Ilustrando a Notícia: Camila Rosa é cotada para a vice de Vilmar Mariano em Aparecida
Ao O HOJE, vereadora disse que trabalha por reeleição, mas não descarta unir forças na majoritária. | Foto: Reprodução

Circula nos bastidores da política aparecidense o comentário de que aliados do prefeito Vilmar Mariano, e o próprio gestor, estão empenhados em encontrar um nome estratégico que possa atuar como vice na chapa governista de 2024. Diversas são as alternativas. No decorrer desta semana, porém, ganhou musculatura a informação de que o nome da vereadora Camila Rosa (PSD) tem sido encarado como uma “boa opção”.

Ao O HOJE, a parlamentar disse que, neste momento, trabalha por sua reeleição, mas não descartou uma composição na majoritária. “Vice é indicação de grupo. Estou fazendo o meu trabalho. Se lá na frente meu nome for indicado para uma composição, estarei à disposição e continuarei fazendo o melhor por Aparecida”, completou.  

Além de ser mulher, o que refletiria um pensamento plural e democrático por parte do atual gestor, Camila, assim como Vilmar, é uma força antagônica ao projeto do presidente da Câmara Municipal de Aparecida, André Fortaleza (MDB).

Continua após a publicidade

Fortaleza é adversário de ambos. No que diz respeito a Vilmar,  diversos foram os atritos ao longo dos últimos anos. Apesar das movimentações recentes darem sinais de uma ‘reaproximação’ entre os políticos, fato é que ambos colecionam uma sequência de desentendimentos. 

Segundo informações de bastidores, caso a reaproximação ocorra, atenderá a um pedido do ex-prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha (MDB), que tem justamente a missão de viabilizar a reeleição de Vilmarzin — como é conhecido popularmente. Lideranças próximas a ambos os políticos, no entanto, desacreditam. O argumento da maioria é que Fortaleza já considerou, inclusive, a possibilidade de deixar o MDB para enfrentar Mariano nas urnas. 

Por sua vez, o contencioso de Fortaleza e Camila ganhou repercussão nacional. Em fevereiro, ambos protagonizaram uma discussão na Câmara Municipal de Aparecida. Na ocasião, a vereadora teve seu microfone cortado por determinação do presidente da Casa. Ela, que era a única mulher do Parlamento — Valéria Pettersen (MDB) também foi eleita, mas à época ocupava secretaria em Goiânia —, chorou em meio às investidas e represália por parte do presidente. 

Ambos discutiam cotas de gênero nas eleições proporcionais quando o clima esquentou e Fortaleza se sentiu ofendido pelas colocações de Rosa. Não satisfeito com as colocações, ele determinou que seu microfone fosse cortado. O caso foi parar na polícia. Agora, figuras próximas à parlamentar apostam que ela não hesitaria em compor com Vilmar, não apenas pela possibilidade de sucedê-lo, mas também focada em desidratar o projeto político de seu adversário.

O que pesa, entretanto, diz respeito às composições partidárias. Uma fonte ligada ao Paço considerou “difícil” que a vaga fique com a vereadora.  A leitura é que Vilmar precisa estabelecer uma boa composição para pavimentar seu projeto. O PSD, no entanto, estaria longe de figurar entre as alternativas mais “rentáveis”. 

Outro fator digno de destaque passa pelo provável desejo de Gustavo Mendanha e o presidente do MDB goiano, Daniel Vilela, em indicar. Ambos, por sinal, tendem a atuar como ‘carros-chefes’ no projeto de Mariano. São lideranças sólidas e gozam de um capital político mais robusto do que o do atual prefeito. Isso quer dizer que Vilmarzinho precisará da mão amiga de ambos caso queira permanecer na prefeitura por mais quatro anos.  Como se não bastasse o imbróglio, a fonte ainda alertou: “O PT também pode querer compor. O partido tem boa entrada aqui”. 

Veja Também