Segunda-feira, 08 de julho de 2024

Novo bloco de vereadores mira prefeitura de Goiânia

Nos bastidores, informação é que as intenções por trás da formação parlamentar são “mais do que claras”. ‘Unidos por Goiânia conta com seis vereadores, número equivalente à bancada do MDB e superior ao grupo Vanguarda

Postado em: 24-06-2023 às 10h00
Por: Felipe Cardoso
Imagem Ilustrando a Notícia: Novo bloco de vereadores mira prefeitura de Goiânia
Novo bloco de vereadores mira prefeitura de Goiânia | Foto: Reprodução

Ganha corpo um novo grupo na Câmara Municipal de Goiânia. As movimentações caminham no sentido de abrigar nomes específicos da base do prefeito Rogério Cruz (Republicanos). Nos bastidores, a informação é que as intenções por trás da formação parlamentar são “mais do que claras”.

Intitulado ‘Unidos por Goiânia’, o grupo parlamentar abrigava, até terça-feira, 20, cinco vereadores: Cabo Sena (Patriota), Geverson Abel (sem partido), Juarez Lopes (PDT), Léo José (Republicanos) e Sandes Júnior (PP).  Na quarta, porém, a turma ganhou um novo integrante. Trata-se do emedebista Henrique Alves. Isso fez com que o bloco avançasse uma casa e chegasse ao patamar de seis membros. 

Em on, a informação é que o bloco tem caráter apartidário e que foi formado no intuito de fortalecer as atividades parlamentares realizadas por cada um dos seus integrantes. A reportagem do O HOJE apurou, porém, que nos bastidores a informação é outra e tem relação, inclusive, com o Paço. 

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Há meses, como também foi reportado por esse veículo, o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) conseguiu pôr uma pedra sobre o descompasso da prefeitura com a Casa. Superados os desentendimentos, o gestor, de olho nas eleições de 2024, abrigou parte dos parlamentares, elevando, inclusive, o número de apoiadores no Legislativo. Estima-se que 30, dos 35 vereadores, estejam, atualmente, com Rogério. 

Em paralelo ao ‘acerto de contas’, a pressão da maior bancada da Casa por indicações no alto escalão da prefeitura ganhou musculatura. O MDB, que usa como argumento o fato de que uma vez fora da base poderia desequilibrar o jogo para aprovação de matérias de interesse, segue buscando insistentemente um lugar no alto escalão.

O HOJE mostrou recentemente o porquê de Rogério não contemplar o MDB, de Daniel Vilela. O comentário é que a pressão por espaço tem causado um certo desconforto entre o prefeito e as lideranças. Conforme informações de bastidores, a criação desse novo grupo na Casa pode ser o caminho para evitar que um novo racha ocorra. 

Com a formação de um aglomerado maior que o MDB — o que pode acontecer nos próximos dias, haja vista que o grupo tende a ganhar novos nomes — o prefeito pode abrir espaço para uma indicação “da Câmara”. Se abrigar alguém que não seja puramente ligado aos emedebistas, mas que seja apontado pelo grupo poderia ao menos acalmar os ânimos dos políticos ligados ao partido que insistem em ser contemplados. 

“Um nome de consenso seria o melhor dos cenários para o prefeito que ganharia por indicar uma liderança com alguma chance de permanecer ao seu lado em 2024”, explicou um dos consultados. O MDB, vale lembrar, não apenas desembarcou da gestão Cruz logo no início, como já afirmou publicamente que terá uma candidatura própria em 2024.

A criação do novo bloco da base, também é uma forma de minimizar a importância do grupo Vanguarda que, apesar de vestir a camisa da base, nem sempre esteve ao lado de Rogério. Composto por cinco vereadores, o grupo era, até então, o mais orgânico do Parlamento. Com o avanço do Unidos por Goiânia, os vanguardistas perderam o selo que até então carregava de ‘único grupo político alinhado na Casa’.

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