Em encontro bolsonarista, Lissauer acerta filiação ao PL

O que foi antecipado pelo jornal O HOJE no dia 4 de julho confirmou-se: o ex-presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Lissauer Vieira — até então no PSD — vai mesmo para o PL, de Jair Bolsonaro. Em Goiás,  a sigla é comandada pelo senador Wilder Morais, que, inclusive, abriu as portas de sua casa para receber Lissauer e uma comitiva do PL que presenciaram o trato. 

O martelo foi batido na presença, inclusive, do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, que esteve em Goiânia na última sexta-feira, 18, para receber uma homenagem na Assembleia Legislativa. O evento de filiação deve ser realizado em Rio Verde. 

Vale lembrar que a região Sudoeste do estado, onde está localizado o município, é predominantemente ligada ao agronegócio, segmento que Vieira representa como ninguém. Além disso, o bolsonarismo local ainda pulsa. Nesse contexto, a leitura é que qualquer candidatura do PL herdaria naturalmente uma adesão significativa. Lissauer se consagra, com isso, um peso ainda mais pesado na briga pela cadeira de Vale.

Conforme mostrado pela reportagem do O HOJE, Lissauer, por sinal, está pronto para a briga de 2024. Fontes próximas ao ex-dirigente do Legislativo sustentam, sem titubear, que ele reúne todos os pré-requisitos necessários para chegar forte nas eleições do ano que vem. E mais: que lideranças estratégicas de dentro e fora de Rio Verde compartilham o mesmo entendimento. 

Apesar de reunir condições que o permitiriam, caso queria, voar solo, o desejo de Lissauer é permanecer ao lado do grupo atualmente encabeçado pelo prefeito da cidade, Paulo do Vale (UB). O prefeito reeleito, está impedido de concorrer novamente. Sendo assim, a vontade do ex-presidente da Alego é chegar na disputa com o apoio de Vale. 

Para além da capacidade técnica e experiência de gestão acumulada no decorrer dos últimos anos, Lissauer ainda conta com o fator lealdade entre os pré-requisitos que o colocaria à frente de qualquer outro propenso ‘candidato a candidato’ do prefeito. 

Os comentários vindos da base e oposição ao prefeito dão conta de que, ainda que não tenha o apoio do prefeito, Lissauer tem grandes chances de ser eleito. Não apenas pela experiência administrativa, mas pelo próprio capital político e de lideranças estratégicas que tendem a figurar ao seu lado em uma possível candidatura avulsa no ano que vem. 

Em meados do mês passado, Lissauer confirmou ao O HOJE que manterá sua candidatura independentemente do apoio de Vale. Mas que tentará, até o final, manter a base coesa.

“Sou da base do prefeito, sou parceiro dele. Trabalhei em seu projeto de reeleição, sem contar que dei uma grande contribuição à cidade enquanto presidente da Assembleia. Sempre o ajudei, abri portas, apresentei muitas coisas, destinei emendas, ou seja, demonstrei lealdade e espero que esse grupo continue unido”, disse o ex-deputado à reportagem. 

E continuou: “Não tenho nada que me desabone. Sempre fui companheiro e ajudei todo mundo quando tive oportunidade de fazer isso.  Me preparei para esse momento. Se a base tem alguém com essas características, por que não? É uma decisão pessoal do prefeito, eu o respeito, mas não havendo esse entendimento por parte dele, estarei pronto para levar meu projeto adiante”.