“Não acredito que o Professor Alcides será candidato”, diz Vilmar Mariano 

Prefeito de Aparecida de Goiânia diz que Alcides é um homem responsável e, por isso, aposta que o político continuará trabalhando por Aparecida na Câmara dos Deputados

Postado em: 16-09-2023 às 09h30
Por: Felipe Cardoso
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“Não acredito que o Professor Alcides será candidato”, diz Vilmar Mariano  | Foto: Leandro Braz

O prefeito de Aparecida de Goiânia, Vilmar Mariano (MDB), visitou, na manhã da última sexta-feira, 15, a sede do jornal O HOJE. Em um bate-papo com jornalistas, falou das ações encabeçadas pela prefeitura no município, bem como das articulações políticas que miram o ano de 2024. No que diz respeito especificamente à política aparecidense, Vilmar duvidou da candidatura de Professor Alcides, visto, nos bastidores, como possível principal adversário da base. 

“Não acredito que o Professor Alcides será candidato. Há menos de um ano o povo o elegeu para a Câmara e ele vai continuar lá porque tem responsabilidade com a cidade”, avaliou. Segundo o prefeito, Alcides é um “grande deputado”, “grande empresário” e “tem feito muito pela cidade”. “É um homem sério e que tem amor por Aparecida. Ele não vai deixar de nos representar para disputar um pleito depois de um ano em que terminou eleito para a Câmara. Não acredito de maneira alguma”, justificou. 

Questionado, porém, sobre a força do bolsonarismo na cidade, Vilmar disse que o povo “não está preocupado” com essa polarização. “No interior, o pessoal está preocupado com as lâmpadas, com o asfalto, com a educação, creches, saúde, esse tipo de coisa”. 

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Indagado, por sua vez, sobre a situação do presidente da Câmara, André Fortaleza, que figura, também, como um eventual adversário nas eleições de 2024, Mariano disparou: “Quero ganhar a eleição e, para isso, a gente precisa de tudo e de todos. Então todos aqueles que vierem para o nosso projeto político serão bem-vindos, independentemente de ser o André, outro vereador ou o Alcides”. 

Ele também garantiu não estar preocupado com o projeto dos opositores. “Quanto mais candidatos, melhor. Penso como o Maguito. É importante que o povo tenha opções e vote naquele que eles acreditam ser o melhor para Aparecida. Não tenho esse tipo de dificuldade. Vou trabalhar para que possamos montar a maior coligação possível. Agora, quem não quiser estar no nosso palanque e decidir montar um projeto político, paciência”.

“Estou trabalhando bastante em prol da cidade e é claro que o projeto político passa por esse trabalho. Mas sobre o ano que vem, penso que, do ponto de vista estrutural e partidário, estamos muito bem. Já temos o compromisso do nosso governador, Ronaldo Caiado, do vice-governador, Daniel Vilela, do deputado Veter Martins e do ex-prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha. Todos estão apalavrados com o nosso projeto de reeleição”, disse o político que enfatizou, em resumo, que seu projeto conta, até agora, com a adesão de 17 siglas. 

Cenário

Em 5 de setembro, vale lembrar, O HOJE mostrou que circula nos bastidores da política aparecidense o comentário de que a oposição ao projeto de reeleição do prefeito pode estar com os dias contados. A informação passa pelo trabalho de articulação encabeçado, principalmente, pelo ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (Patriota, à caminho do MDB). Isso porque o gestor tem se dedicado arduamente em manter o grupo coeso, minimizando, como fez em sua reeleição, em 2022, as chances dos eventuais adversários ao grupo governista.

A aposta da fonte consultada pela reportagem é de que Fortaleza tende a recuar em sua ofensiva contra o prefeito e ainda compor com a base para as eleições do ano que vem. “É questão de tempo”, disse. Segundo o informante, os sinais são claros de que o projeto do vereador não teria força suficiente contra o atual gestor, o que faria com que o político se aliasse. “É melhor negociar do que partir pro tudo ou nada nessas condições”, pontua

O mesmo comentário paira sob o nome de Professor Alcides. “Você acha que esse discurso do Alcides de que o combinado era lançar quem estivesse melhor nas pesquisas foi à toa?”, questionou uma figura que, de igual modo, preferiu falar em off. A interpretação é que o federal estaria “fazendo o jogo” na intenção de ampliar seu poder de barganha. 

“Depois que sentar, conversar e tudo se acertar, ele poderá facilmente dizer que naquele momento Vilmar estaria pontuando melhor e, consequentemente, se apoiar nisso para recuar. Pense bem, se esse for o discurso ele estará na contramão daquilo que ele sempre disse? Não. Então é claro que ele pode recorrer a essa saída se perceber, lá na frente, que ganha mais compondo”, observou.

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