Caso Marielle Franco: delação de Ronnie Lessa vai ao STJ e indica que mandante teria foro privilegiado

Diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, foi incisivo ao dizer que o desfecho do caso se dará ainda no primeiro trimestre deste ano

Postado em: 23-01-2024 às 16h56
Por: Luan Monteiro
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Diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, foi incisivo ao dizer que o desfecho do caso se dará ainda no primeiro trimestre deste ano. | Foto: Mídia Ninja

Isadora Miranda

Nesta segunda-feira (22), foi anunciado que Ronnie Lessa — acusado de matar, em 2018, a ex-vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e o motorista Anderson Gomes — assinou um acordo de delação com a Polícia Federal (PF). Para que sua participação seja homologada, é necessário que os investigadores aprovem o que foi relatado.

Marielle Franco era vereadora pelo PSOL-RJ e foi morta há quase seis anos, em 14 de março, no bairro do Estácio, na cidade do Rio de Janeiro. Enquanto saía de um evento, ela foi alvejada a tiros em seu carro, junto do motorista Anderson Gomes. A morte da ativista gerou indignação global e levantou questões sobre violência política no Brasil.

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A delação de Ronnie Lessa

Para os investigadores, a colaboração de Lessa é um dos elementos vitais para que haja a conclusão do caso. A delação está no Superior Tribunal de Justiça (STJ), o que indica que a pessoa delatada possui foro privilegiado. Até o momento, a PF não confirmou a delação do acusado e é necessário esperar até a homologação da Justiça.

Comoção e manifestações de apoio à investigação.

Nas redes sociais, Erika Hilton (Psol-SP), por exemplo, fez declarações sobre o fato. “Élcio Queiroz, que dirigia o carro com Ronnie Lessa, já fez delação e, para os investigadores, a delação de Ronnie Lessa é a peça que falta para solucionar o caso. Já são 5 anos e 10 meses que queremos justiça por Marielle e Anderson. Que a delação de seu executor leve a Polícia aos mandantes do crime” disse.

Para a ministra da Igualdade Racial e, também, irmã de Marielle, Anielle Franco, a conclusão da investigação é um dever do País. “São quase 6 anos da maior dor que já sentimos! Recebi as últimas notícias relacionadas ao caso Marielle e Anderson e reafirmo o que dizemos desde que a tiraram de nós: não descansaremos enquanto não houver justiça. A nossa família aguarda os comunicados e resultados oficiais das investigações e está ciente do comprometimento das autoridades para a resolução do caso. A resposta sobre esse crime — quem mandou matar Marielle e Anderson e o porquê — é um dever do Estado brasileiro.” afirmou.

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