Rui Falcão: PT precisa se reconectar com o cotidiano e, principalmente, com a população 

O ex-presidente da sigla falou sobre manifestações, o distanciamento do PT quanto ao cotidiano da população e a política externa de Lula | Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Postado em: 14-03-2024 às 16h09
Por: Isadora Miranda
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O ex-presidente da sigla falou sobre manifestações, o distanciamento do PT quanto ao cotidiano da população e a política externa de Lula | Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Em entrevista publicada hoje pelo Poder360, o deputado federal e ex-presidente do PT, Rui Falcão (PT-SP), fez um chamado contundente para que o partido se reaproxime do cotidiano do país. Segundo ele, a sigla se distanciou dos movimentos de base e passou a “fazer política a cada dois anos”, perdendo contato com os diferentes setores da sociedade, desde os sindicatos às igrejas. 

“O PT se distanciou do cotidiano da política, [houve] certo distanciamento da população, a gente passou a fazer política a cada 2 anos. A presença no bairro, na comunidade, na igreja, no sindicato, a discussão política permanente, a formação dos jovens, tudo isso a gente foi deixando de lado”, disse ele. 

Falcão enfatizou a importância de a esquerda voltar a marcar presença em manifestações de rua, para que essa prática não se torne “monopólio da direita”. Nesse sentido, destacou o ato convocado por partidos de esquerda para 23 de março em diversas capitais, ressaltando que são “atos em defesa da democracia e de pautas progressistas”. “A gente precisa começar a ganhar espaço, está muito parado”, afirmou. 

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Além disso, o político mencionou a necessidade de o presidente Lula passar mais tempo no Brasil em 2024, após uma série de viagens internacionais em 2023. Contudo, defendeu essas viagens como fundamentais para “reconstruir” a imagem do país no exterior, ressaltando que anteriormente o Brasil era visto como um “pária mundial”. 

“O Bolsonaro quase rompe relações com a China. Então Lula fez bastante trabalho no ano passado e agora vai se voltar mais ao Brasil, ao Nordeste, ter mais contato direto com a população”, finalizou.  

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