Tucanos alegam ter ‘tranquilidade’ com CPIs na Assembleia

A bancada tucana na Assembleia Legislativa alega que o trabalho é “natural” e que há “total tranquilidade” para lidar com as apurações

Postado em: 24-02-2019 às 19h40
Por: Sheyla Sousa
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A bancada tucana na Assembleia Legislativa alega que o trabalho é “natural” e que há “total tranquilidade” para lidar com as apurações

Mesmo sendo a gestão do ex-governador Marconi Perillo (PSDB)
o alvo de todas as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) apresentadas, a
bancada tucana na Assembleia Legislativa alega que o trabalho é “natural” e que
há “total tranquilidade” para lidar com as apurações. “Quem não deve não teme.
O PSDB deliberou em não assinar nenhum CPI e, a partir do momento que tem o
número suficiente para abrir, vamos participar da melhor forma possível.
Proporcionalmente, somos a maior bancada”, lembra o líder da bancada, Talles
Barreto, adiantando que os tucanos terão cadeira em todas as investigações.
“Temos que encarar com naturalidade. Quando terminou o ciclo do PMDB, em 1998,
houve a mesma enxurrada de CPIs. Isso é mais do que normal; é o anseio, vontade
dos deputados de mostrar serviço. Mas tem CPI que é merecida e outras precisam
de avaliação”, aponta Tião Caroço, sem especificar. Já Gustavo Sebba aproveita
para atacar: “A Casa cumpre seu papel de fiscalizar e é preciso observar também
o discurso e a prática do atual governo”.

Na pauta

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Já atingiram as 14 assinaturas mínimas os requerimentos para
quatro comissões. As propostas são para investigar incentivos fiscais, contratos
com Organizações Sociais, venda da Celg e serviços da Enel, além das obras
paradas.

Defesa

Apesar do discurso de normalidade, tucanos afinam o discurso
para se defender. Espontaneamente, Talles cita crescimento do PIB pelos incentivos,
qualidade dos serviços nos hospitais e que Celg estava falida. Só não se
lembrou das obras paradas.

Saldo positivo

Pela primeira vez desde que assumiu a prefeitura de Goiânia
em 2017, o prefeito Iris Rezende (MDB) apresentará na Câmara Municipal uma
perspectiva positiva, ao menos numericamente. No âmbito do discurso político, o
emedebista deverá manter o foco na austeridade e rédeas curtas na liberação de
verbas, mas confirmará investimentos com recursos próprios. Diferente do cenário
de R$ 600 milhões em dívidas acumuladas e déficit mensal de R$ 31 milhões, Iris
mostrará hoje, às 8h na reunião da Comissão Mista um superávit primário, que é
quando se compara receitas e despesas do ano com a exclusão do pagamento de
juros e amortização da dívida consolidada, de R$ 148,1 milhões. O número é 13
vezes a meta estabelecida na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que era de
R$ 11 milhões. A arrecadação tributária em 2018 foi 19% maior do que a
registrada em 2017. Já a folha de pagamento do funcionalismo voltou a ser
controlada, representando de 43% da Receita Corrente Líquida. Os números
viabilizam a chegada de recursos via empréstimo.

CURTAS

Primeiro aqui
Como antecipado aqui, os números positivos de 2018 serão enviados à Secretaria
do Tesouro Nacional para que, até março, o Paço retorna à avaliação nota B.

Capítulos finais
Será o fim da novela do empréstimo de US$ 100 milhões para recapeamento.
Aprovada pelo Senado, a verba chegaria ainda no primeiro semestre.

Sine die – A
polêmica votação sobre criminalização da homofobia não tem data para ser
retomada no STF. Toffoli disse que “provavelmente” volta neste semestre.

Base consistente

O governador Ronaldo Caiado avalia que deveria ser tratado
como “óbvio” o apoio formal do DEM ao governo Bolsonaro. “Falha burocrática” teria
impedido a adesão oficial. O partido tem três ministros e o comando da Câmara e
do Senado.

Lado próprio

“Da minha parte e daqueles todos com quem tenho conversado,
na primeira reunião da executiva (nacional do DEM) deste ano, o item número um
da pauta deve ser exatamente a declaração de apoio à base”, disse em entrevista
ao Estadão.

Providências

Em meio à crise financeira, o governador se articula com
governadores que querem poder para diminuir carga horária e salários de
servidores públicos. O STF  deve julgar o
tema a partir desta quarta-feira (27).

Decrescente

Do líder de Caiado na Assembleia Legislativa, sobre o
tamanho da base: “Tivemos 28 deputados no jantar no Palácio das Esmeraldas.
Então, eu acredito que chegaremos a 26 deputados na base. (…) Entre 24 e 26”.

Perfil virtual

Além da falta de atendimento a demandas – leia-se indicação
de cargos, o governo enfrenta a “independência”. É que muitos, mesmo eleitos na
chapa de Caiado, têm forte perfil crítico nas redes sociais e preferem não se
comprometer com o governo.

Cotado

O ex-presidente da FIEG, Paulo Afonso Ferreira,
é considerado para assumir a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Eleição
ocorre nesta quinta-feira (28). 

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