Prefeito de Senador Canedo é acionado pelo MP-GO por obra irregular

Segundo o processo, a obra foi embargada em outubro de 2018 desde a fase de fundação, porém continuou em pleno funcionamento

Postado em: 15-03-2019 às 14h50
Por: Redação
Imagem Ilustrando a Notícia: Prefeito de Senador Canedo é acionado pelo MP-GO por obra irregular
Segundo o processo, a obra foi embargada em outubro de 2018 desde a fase de fundação, porém continuou em pleno funcionamento

Eduardo Marques

O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) propõe ação contra o prefeito de Senador Canedo Divino Pereira Lemes; a secretária municipal de planejamento urbano, Laudeni Miguel Dionísio Lemes; o vereador Carpegiane Silvestre da Silva, e seu irmão, Magno Silvestre da Silva por obra irregular no município. A condenação por improbidade administrativa resulta em perda de função pública, suspensão dos direitos políticos de oito a dez anos e multa civil de até três vezes o valor do acréscimo patrimonial.

Continua após a publicidade

Além da denúncia do suposto descumprimento da ordem de embargo, a construção – que pertence ao vereador, mas está em nome do Magno – também foi denunciada por desrespeitar o espaçamento necessário da calçada. Segundo o processo, a obra, que foi embargada em outubro de 2018 desde sua fase de fundação, continuou em pleno funcionamento e já se encontra na fase final do terceiro andar.

Orientação descumprida

Em fevereiro deste ano,  a promotoria requisitou à Secretaria Municipal de Planejamento Urbano (Seplan) esclarecimentos sobre a obra, a documentação e as providências tomadas, em um prazo de 10 dias.

Em resposta, a Seplan negou que tenha negligenciado suas obrigações de fiscalização, apresentando documentos e fotos que comprovam a fiscalização da obra.

Mesmo com a ordem, a obra nunca foi paralisada e o promotor Glauber Rocha Soares destaca que o descumprimento do embargo não foi punido, nem mesmo por multa, motivo pelo qual foi expedida uma recomendação para que o prefeito Divino Pereira Lemes corrigisse a prática ilegal da ausência de fiscalização, em um prazo de 48 horas.

A recomendação foi recebida pelo gestor no dia 1º deste mês e, até a última terça-feira (12/3), nenhuma providencia havia sido tomada e a obra continua funcionando normalmente.

A equipe de reportagem do jornal O HOJE entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura de Senador Canedo, mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno. O espaço continua aberto para a apresentação das defesas dos envolvidos. 

 

Veja Também