Como funciona a semaglutida, injeção aprovada pela Anvisa para tratar obesidade

Segundo o laboratório responsável pelo medicamento, ele funciona de forma a suprimir o apetite é o primeiro injetável aprovado no Brasil para esse fim

Postado em: 04-01-2023 às 09h21
Por: Ícaro Gonçalves
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Segundo o laboratório responsável pelo medicamento, ele funciona de forma a suprimir o apetite é o primeiro injetável aprovado no Brasil para esse fim | Foto: Divulgação

A semaglutida, injeção criada para tratar casos de obesidade e sobrepeso com comorbidades, foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na segunda-feira (2/1). O nome comercial do medicamento é Wegovy (semaglutida 2,4mg), já comercializado em outros países como os Estados Unidos.

Segundo o laboratório responsável pelo medicamento, ele funciona de forma a suprimir o apetite é o primeiro injetável aprovado no Brasil para esse fim. Deve ser aplicado semanalmente sob supervisão médica.

Sua eficácia já foi verificada em um experimento feito em 2020 na Inglaterra, quando se observou uma perda de peso média de 15 quilos ao longo de 15 meses de uso. A droga era aplicada semanalmente nos participantes do teste, junto com conselhos sobre dieta e preparo físico.

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O estudo foi conduzido em quase 2.000 pessoas e animou os cientistas, que disseram que os resultados podem marcar uma “nova era” no tratamento da obesidade com ainda mais terapias no horizonte.

A injeção já tinha sido aprovada pela Anvisa em 2018 para outra função: o tratamento de diabetes tipo 2, por meio do medicamento Ozempic. Ainda não há data para que o Wegovy chegue ao mercado brasileiro, uma vez que, após a aprovação da Anvisa, é necessário aguardar a finalização de outros processos como a definição de preços pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos.

Segundo nota da Anvisa, o remédio é indicado “na presença de pelo menos uma comorbidade relacionada ao peso, por exemplo, disglicemia (pré-diabetes ou diabetes mellitus tipo 2), hipertensão, dislipidemia, apneia obstrutiva do sono ou doença cardiovascular”.

A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) divulgou uma nota onde afirma que o tratamento deve ocorrer com acompanhamento que inclui alimentação saudável, prática de atividade física, controle emocional, consulta com endocrinologista e exames sempre que necessário.

“É uma notícia importante para a especialidade e os endocrinologistas. O trabalho do especialista é fundamental neste momento para a condução adequada do tratamento que conta, agora, com mais uma ferramenta extra”, comentou Paulo Miranda, presidente da SBEM na nota divulgada pela sociedade.

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