Guarda Civil que atirou em jovem na Região da 44 é afastado
O disparo ocorreu durante em meio a uma confusão generalizada no Galeria Estrela de Davi, quando comerciantes se revoltaram com a apreensão de peças consideradas falsificadas
Por: Ícaro Gonçalves
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A corregedoria da Guarda Civil Metropolitana de Goiânia (GCM) decidiu afastar o guarda que atirou em um jovem na manhã de quinta-feira (18/5) durante fiscalização na Região da Rua 44, em Goiânia.
O disparo ocorreu em meio a uma confusão generalizada no galeria Estrela de Davi, quando comerciantes se revoltaram com a apreensão de peças consideradas falsificadas. Segundo a GCM, o guarda responsável pelo disparo estava fora do expediente, cumprindo atestado médico de 20 dias.
Após o incidente, o guarda se apresentou à corregedoria da GCM e entregou a arma usada. Ele ficará afastado enquanto o processo administrativo interno for conduzido, o que pode levar até 90 dias.
Confusão
De acordo com a Guarda Civil Metropolitana (GCM), dois guardas foram hostilizados ao entrar na galeria, quando os comerciantes tentaram impedir a ação arremessando pedras contra os servidores.
Durante a ação, os agentes acompanhavam as equipes da Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor (Procon Goiânia) e da Secretaria Municipal de Planejamento e Urbanismo (Seplam).
A vítima do disparo foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros Militar (CBM) e levada ao Hospital Estadual de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo). Ainda segundo a GCM, o disparo ocorreu de maneira independente e sem consentimento do comandante da operação.
Em nota, a Associação Empresarial da Região da 44 (AER44) informou que a fiscalização foi realizada em um shopping não filiado à entidade e destacou que não compactua com excessos e abusos de autoridade.
Câmera de vídeo
Imagens registradas por celulares de pessoas que estavam na galeria logo após a situação mostram um guarda civil removendo uma câmera de segurança que possivelmente filmou o disparo. Sobre o fato, a GCM afirmou que “todos os cabos do equipamento já estavam desligados. O DVR foi retirado e entregue para o proprietário da loja para evitar que o aparelho fosse furtado durante o tumulto”.
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