OAB cobra apuração imediata de assassinato de advogada

A Ordem dos Advogados do Brasil seção Goiás (OAB-GO) cobra uma apuração rápida do assassinato de uma advogada criminalista na Capital. O caso ocorreu na manhã da última sexta-feira (2), na esquina da Rua Alfredo Nasser com a Gercina Borges, no Conjunto Vera Cruz. 

De acordo com apurado, a advogada Rina Mendes dos Santos foi alvejada a tiros dentro do próprio carro quando saiu para receber um pagamento. Ela chegou a receber atendimento do Corpo de Bombeiros, mas foi declarada morta no local.

Em nota, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Goiás (OAB-GO), Lúcio Flávio Siqueira informou que irá acompanhar o caso e que a instituição está em contato com as Polícias Militar e Civil. “A OAB-GO cobra a apuração imediata do ocorrido para dar mais esclarecimentos à advocacia”, afirmou em nota. 

O Brasil registrou mais de 70 casos de assassinatos de advogados desde janeiro de 2016. Dados oficiais da Comissão Nacional de Defesas das Prerrogativas e Valorização das Advocacias (CNDPVA) do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) preocupam profissionais que buscam opções para evitar violência.

Em concordância com os dados da OAB, advogados goianos começaram iniciativas para melhorar a segurança na sua área de trabalho. “Existe uma sensação de insegurança, o que a gente tem presenciado é uma escalada na violência contra esses profissionais, principalmente se tratando de advogados criminais. Nós temos uma preocupação quanto a segurança pessoal e esse tipo de iniciativa busca funcionar como um auxilio para a defesa”, conta o advogado empresarial Rodolfo Mota.

Casos

Outro caso recente foi o do advogado criminal Sérgio Beze Prates, de 44 anos, que foi morto a tiros enquanto estava com um cliente em um carro estacionado na Capital no último mês de julho. O cliente, de 32 anos, também foi baleado e passou por atendimento no Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol).

Além disso, uma tentativa de homicídio com a utilização de explosivos ocorreu na Capital em julho de 2016. O caso teve cobertura nacional após a explosão de um pacote-bomba ocorrer no escritório do advogado Walmir Cunha, que ficou gravemente ferido e teve três dedos e parte da palma da mão esquerda mutilados. De acordo com a investigação, o caso foi motivado por uma ação que Walmir ganhou, e que envolveu a troca da guarda da neta de Valdinho, para o pai e cliente de Cunha. (Gabriel Araújo é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian).