Reino Unido tem até amanhã para informar diferenças salariais
A Apple afirmou nesta terça-feira (3) que os homens receberam 5 por cento a mais do que as mulheres no País
Por: Márcio Souza
Os relatórios exigidos pelo governo britânico sobre a disparidade salarial entre homens e mulheres estão sendo entregues antes do prazo, que termina na quinta-feira. A desigualdade é gritante nas empresas do setor financeiro do Reino Unido – os dados do mês passado do Goldman Sachs Group mostraram que a mediana da diferença salarial entre homens e mulheres era de 36,4 por cento – em outras palavras, as mulheres ganham 64 pence por cada libra que os homens recebem.
A Apple afirmou nesta terça-feira (3) que os homens receberam 5 por cento a mais do que as mulheres no Reino Unido.
A fabricante do iPhone disse que a diferença salarial entre
homens e mulheres se deve ao fato de haver mais homens em cargos de chefia do
que mulheres, o que levou a salários mais altos, bônus e ações.
A Apple informou que 30 por cento de sua força de trabalho
no Reino Unido é formada por mulheres, em relação a 28 por cento em 2014.
A empresa emprega mais de 6.000 trabalhadores no Reino Unido
e opera em três segmentos -Apple (UK), Apple Europe e Apple Retail UK.
Segundo a empresa, uma série de medidas será adotada para
superar as diferenças, como parar de pedir aos funcionários pelo histórico
salarial, o que começará a partir deste ano.
No Reino Unido, levantamento feito com 527 empresas
constatou que as mulheres ganham, em média, 15% menos que os homens. Em alguns
casos, como na empresa aérea Easyjet a diferença salarial chega a 52%. Elas têm
um contra-cheque 33% menor que eles na Virgin Money e de 15% na Ladbrokes,
segundo reportagem da BBC. As companhias informaram que, apesar das diferenças,
homens e mulheres tem salário idêntico quando ocupam a mesma função.
Discovery encontra diferença de 13% em salários de homens e
mulheres na sua sede no Reino Unido
O grupo de mídia Discovery Inc., que opera canais como Discovery
Channel, Discovery Kids e Animal Planet, descobriu uma diferença de 13% entre
os salários dos seus funcionários homens e mulheres na sede da companhia no
Reino Unido. O estudo foi feito em cumprimento de uma nova lei britânica que
exige de empresas com mais de 250 funcionários o estudo dessa diferença
salarial entre gêneros.
Segundo o grupo, a diferença salarial fica bem menor quando
retirado o CEO da empresa da equação. “Se nós tirarmos o presidente e CEO da
Discovery Networks International, que é sediado no Reino Unido, e fazer uma
nova comparação, a diferença salarial entre os gêneros cai para 4,8%”, disse o
Amy Girdwood, executiva de recursos humanos da empresa, no relatório do estudo
obtido pela revista Variety.
“Nós estamos felizes com os nosso resultados, que são bem
menores que a média britânica de 18,4% na diferença salarial entre os gêneros e
não acredito que há áreas preocupantes na nossa empresa”, continuou. “Dito
isso, não significa que não temos trabalho a ser feito. Vamos continuar a analisar
os fatores que pesam nessa diferença e vamos nos esforçar para diminuir mais
ainda essa diferença”, concluíram.
Os relatórios exigidos pelo
governo britânico sobre a disparidade salarial entre homens e mulheres estão
sendo entregues antes do prazo, que termina na quinta-feira. A desigualdade é
gritante nas empresas do setor financeiro do Reino Unido – os dados do mês
passado do Goldman Sachs Group mostraram que a mediana da diferença salarial
entre homens e mulheres era de 36,4 por cento – em outras palavras, as mulheres
ganham 64 pence por cada libra que os homens recebem.
Com informações do Portal UOL e Estadão. Foto: Reprodução