Lira anula convocação de Rui Costa para depor à CPI do MST

Ministro seria questionado sobre ações do MST na Bahia quando ainda era governador do estado

Postado em: 09-08-2023 às 09h56
Por: Mariana Fernandes
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Ministro seria questionado sobre ações do MST na Bahia quando ainda era governador do estado | Foto: Fabio Rodrigues/ Agência Brasil

O líder da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), revogou a convocação do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que está examinando as ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra ( MST). O ministro irá depor para prestar depoimento durante a sessão desta quarta-feira (9) e seria questionado sobre ações do MST na Bahia quando era governador do estado entre 2015 e 2022. 

O depoimento de Rui Costa era esperado pela oposição de  Lula desde maio, quando a CPI foi instaurada. A justificativa para a convocação do ministro, foi a mesma para convocar o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Marco Edson Gonçalves Dias, que acabou depondo na última terça-feira.

No documento, protocolado pelo ex-ministro do Meio Ambiento, Ricardo Salles, é argumentado que Rui não empreendeu esforços para “impedir atos de invasões de terra nem para garantir a propriedade privada”. O relator afirmou que o governo federal é “conivente com as invasões provocadas pelo MST”, e deve questionar possíveis omissões dos depoentes.

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No mês de maio, um conflito mais recente veio à tona quando o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o deputado federal Valmir Assunção (PT-BA), uma das figuras de destaque do grupo na Bahia, construiu alegações de que Rui Costa , governador estadual, havia impedido a presença de representantes do movimento sem-terra no palanque do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante um evento relacionado ao Plano Plurianual (PPA), realizado no estado. O ministro-chefe da Casa Civil contestou veementemente tal veto. Em 2016, ainda durante o mandato de Rui Costa como governador, o MST chegou a ocupar o Palácio de Ondina, que servia como sede do governo estadual. Na ocasião, os manifestantes acusaram o político do Partido dos Trabalhadores de não cumprir as promessas feitas ao movimento.

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