Segunda-feira, 08 de julho de 2024

Líderes devem se envolver com a proteção de civis

A brutalidade dos conflitos armados atualmente e a falta de respeito às regras fundamentais do direito internacional humanitário ameaçam conquistas

Postado em: 22-05-2016 às 00h01
Por: Sheyla Sousa
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A brutalidade dos conflitos armados atualmente e a falta de respeito às regras fundamentais do direito internacional humanitário ameaçam conquistas

A brutalidade dos conflitos armados atualmente e a falta de respeito às regras fundamentais do direito humanitário internacional ameaçam 150 anos de conquistas e podem causar uma regressão a uma era de guerra sem limites.

Esse problema guiará as discussões da próxima Cúpula Mundial Humanitária, que ocorrerá nos dias 23 e 24 de maio em Istambul, Turquia. Mais de 125 líderes estarão reunidos para abordar algumas das questões mais importantes globalmente, com o objetivo urgente de aliviar o sofrimento de milhões de pessoas.

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O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, insiste que os Estados-Membros da ONU aproveitem a oportunidade na cúpula para se comprometer com a proteção de civis e o respeito ao direito internacional.

A ONU estima que um 92% das pessoas mortas ou feridas pelo uso de armas explosivas em áreas povoadas são civis. Em 2014, 80% das vítimas de explosões de minas terrestres eram civis, uma média de 10 vítimas por dia, sendo a maioria crianças.

“Tornou-se frequente desrespeitar as regras mais básicas que regem a condução da guerra, o que cria novos riscos de que a aplicação dessas normas seja reinterpretada e confundida”, advertiu Ban Ki-moon na Agenda para a Humanidade.

“Quando os Estados desrespeitam ou prejudicam o direito internacional humanitário e os direitos humanos, também por meio de interpretações abrangentes, outros Estados e atores não estatais podem considerar essa atitude como um convite a fazer o mesmo”, acrescentou. 

Educação também está na pauta da cúpula

Durante a Cúpula Mundial Humanitária, mais de 100 países, empresas e instituições filantrópicas unirão forças para criar avanços nos esforços de ajudar milhões de crianças cuja educação foi interrompida por conflitos e desastres naturais, anunciou na segunda-feira (16) o enviado das Nações Unidas para a educação.

“O fundo é projetado para atender as necessidades de 30 milhões de meninas e meninos deslocados, a maior população de refugiados desde 1945 — 20 milhões deles não têm escolha e não podem voltar para a escola”, disse por telefone o enviado especial da ONU Gordon Brown a jornalistas na sede das Nações Unidas em Nova York.

Brown destacou que ações devem ser tomadas urgentemente, pois o número de crianças perdendo escolaridade está se tornando uma “crise global em pleno desenvolvimento”. Ele ressaltou que o novo fundo pode ser a única chance de salvar uma geração perdida para a guerra. 

 

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